Delator afirmou que governador do RJ recebeu propina por contratos. Castro nega.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a abertura de um inquérito contra o governador do Rio, Cláudio Castro, para investigar uma suspeita de desvios de contratos da Fundação Leão XIII. Em nota, a assessoria de Castro afirmou que ele “não está sendo denunciado, nem indiciado, já que o Ministério Público não encontrou nenhum elemento capaz de vincular a ele qualquer irregularidade”.
No pedido de abertura do inquérito, apresentado em novembro de 2022, a PGR afirmou que se baseou em depoimentos do delator Marcus Vinícius Azevedo, ex-assessor de Cláudio Castro, que relatou supostos repasses de propina ao político quando ele ocupou os cargos de vereador e de vice-governador. A PGR pediu para apurar os crimes de corrupção, peculato e organização criminosa, entre outros.
O pedido de inquérito é uma fase de investigação anterior a uma possível denúncia ou arquivamento do caso.
A Fundação Leão XIII é vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e é responsável por projetos sociais.
A assessoria do governador também informou que ele processou Azevedo por calúnia e denunciação caluniosa e apresentou pedido de nulidade da delação premiada. “O governador lamenta que fatos antigos sejam requentados e reitera que confia na Justiça, para que a situação seja esclarecida o mais rápido possível”, diz a nota do governo.