Funcionários acusam empresa de negar reposição salarial em 2019 e aprovam dissídio coletivo.
O diretor de Previdência do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Sintsama-RJ), Valdemir Luiz Carvalho, disse que a entidade negocia com a direção da Cedae desde maio, sem que houvesse um acordo. Além disso, retirou todos os benefícios firmados em negociação:
“Nós estamos tentando um acordo coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Já vínhamos negociando por cinco meses. A empresa não dá a reposição salarial. Por isso, vamos entrar em greve, em conjunto com outras estatais”.
Os funcionários pedem reposição salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a evolução dos preços para uma família de baixa renda. De acordo com o IBGE, este índice em 2018 foi de 3,43%.
“Eles não querem dar nada. A Cedae teve lucro de R$ 832 milhões. Por conta desse lucro, repassou R$ 330 milhões ao governo do Estado. Mesmo tendo lucro, a empresa não nos dá aumento”, disse.
O diretor disse ainda que a empresa não atende a diretoria do sindicato. Três funcionários foram afastados de suas funções na Cedae. Os diretores sindicais Humberto Lemos, João Xavier e Baiano estão impedidos de trabalhar na Companhia.