Funcionários da prefeitura do Rio estão sendo usados como seguranças para impedir que imprensa denuncie saúde pública do município.
Segundo a denúncia, os funcionários da prefeitura, sob a orientação do gabinete do prefeito Marcelo Crivella, fazem plantão na frente das unidades de saúde e atuam como seguranças. A organização do esquema conta com escalas diárias, horários rígidos e até ameaças de demissão dos servidores que descumprirem as ordens.
Com muita hostilidade, funcionários fazem ameaças e impedem jornalistas de realizarem reportagens sobre a saúde pública do município. A população que também denunciava as problemas da saúde no município foram hostilizadas pelos servidores.
Guardiões do Crivella
O nome da ação dos funcionários públicos tem o nome de “guardiões do Crivella”. Segundo a denúncia, os servidores contratados recebem mais de R$ 3,000 mil para ficar na porta dos hospitais e não na prefeitura do município.
Na rotina dos servidores utilizados para hostilizar quem faça denúncias ou fale mal do sistema de saúde municipal está a função também de relatar tudo nos grupos do Whatsapp, por meio de fotos e vídeos.
A reportagem mostrou que grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão; em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura.
O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades, um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil, quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos.
A prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para ‘melhor informar a população.’
Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. O Jornal Nacional apurou que o prefeito já usou esse número. A equipe de reportagem ligou, mas ninguém atendeu.
Fonte: Portal G1