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Proposta de implantação dos equipamentos corporais surgiu após morte de Genivaldo de Jesus, que foi asfixiado após ser abordado por policiais rodoviários federais.
A partir de abril do ano que vem, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão passar a usar câmeras em seus uniformes. O projeto foi apresentado na sede da PRF, em Brasília, nesta quinta-feira (dia 25). A proposta de implantação das câmeras corporais surgiu após ao morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em maio do ano passado. Ele foi asfixiado após ser abordado por policiais rodoviários federais, em Sergipe, por estar circulando de moto, sem capacete. Ele foi trancado no porta-malas de uma viatura e sufocado com gás lacrimogêneo.
Em janeiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Polícia Rodoviária Federal o uso dos equipamentos nas fardas. Os estudos sobre a implantação começaram em março.
Segundo o Projeto Estratégico Bodycams que será coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, seis mil agentes da PRF vão começar a usar as câmeras nos uniformes a partir de abril de 2024, o que corresponde à metade do efetivo.
Estudos apontam que o uso da tecnologia diminui em mais de 50% a letalidade policial, além de reduzir pela metade as reclamações sobre a conduta de policiais.
“Eu acredito que poderia ter evitado situações com a do Genivaldo, sem dúvida alguma. Por isso, essa é uma política muito simbólica. Para a gente, é um episódio extremamente lamentável. A dor daquela família é algo indescritível. Nosso desejo é que isso nunca mais se repita no âmbito da Polícia Rodoviária Federal ou de qualquer outra polícia”, afirmou Marivaldo Pereira, secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
