Levantamento leva em conta os três primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2021.
Levantamento da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde aponta que, nos primeiros meses do ano, o estado registrou um aumento de 11% no número de casos de dengue.
A análise compara o período de 1° de janeiro a 6 de março deste ano, quando foram registrados 364 casos, com o mesmo período de 2021, quando foram notificados 328 e nenhum óbito. Duas pessoas morreram com a doença este ano, nos municípios de Santo Antônio de Pádua e no Rio de Janeiro.
Devido ao panorama da doença no estado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) faz um alerta sobre a importância de se manter os cuidados no combate à dengue, especialmente neste período final do verão e início das chuvas.

Quase 3 mil casos em 2021
Em 2021, foram registrados 2.879 casos de dengue e quatro óbitos. Em 2020, foram notificados 4.435 casos e sete óbitos.
Nos três primeiros meses deste ano, a taxa de incidência na Região Noroeste foi uma das mais elevadas do estado, ficando em 28,8 casos a cada 100 mil habitantes. No mesmo período de 2021, a taxa naquela área ficou em 6,3 casos.
Os municípios de Itaocara e Santo Antônio de Pádua registraram uma taxa de incidência acima de 100 casos por 100 mil habitantes. Quando esse índice ultrapassa 300 por 100 mil habitantes ou foge aos parâmetros do limite superior do diagrama de controle construído para cada município, considera-se um cenário de alta transmissão, ou epidemia.
As autoridades afirmam, apesar de pedir para que sejam redobrados os cuidados, que ainda não há epidemia de dengue no estado.
“Não há epidemia de dengue no estado. Alguns municípios da Região Noroeste estão com aumento de casos em relação ao mesmo período do ano passado e, por isso, estão sendo monitorados. Técnicos da Vigilância da SES estão realizando uma série de reuniões extraordinárias para debater ações estratégicas. Além disso, estamos fazendo visitas técnicas nos municípios de Aperibé, Itaocara e Santo Antônio de Pádua“, diz Gabrielle Damasceno, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SES.
“Estamos no período crítico para o crescimento do número de casos. Além da subnotificação, há também atraso no registro por conta da pandemia. Nós recomendamos que as amostras de sangue coletadas sejam enviadas ao Lacen para diagnóstico laboratorial e monitoramento epidemiológico“, diz Gabrielle, acrescentando que os sorotipos de vírus circulantes no estado do Rio são DENV-1 e 2.
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