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Rio confirma circulação da variante Delta em todo estado e identifica 74 casos em 12 cidades

Amostras analisadas pelo governo do estado apontam que 16,6% já são da variante Delta.

A Secretaria de estadual  de Saúde admitiu neste sábado que já há circulação da variante Delta no Estado do Rio de Janeiro, antes apenas confirmado pela prefeitura do Rio na capital. Segundo o governo do estado neste sábado foram confirmados mais 63 casos da variante Delta, do total de 380 amostras processadas. Até o momento são 74 casos em 12 municípios do estado. Somente na cidade do  Rio a prefeitura confirmou mais 16 casos da variante Delta, — 23 identificados ao todo na capital com a nova cepa.

Municípios com as cepas já identificados 

Os novos municípios com identificação de casos da variante Delta são: Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados. Em Seropédica, São João de Meriti e Rio de Janeiro, já havia sido identificado casos anteriormente.

Das amostras analisadas pelo governo do estado, 16,6% já são da variante Delta. Os resultados são fruto do Projeto Corona-Ômica-RJ, uma rede estadual que além do LNCC inclui o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), o Departamento de Genética da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, e a Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A rede desenvolverá estudos a partir de três ômicas: a genômica viral, para entender como o vírus se dispersa geograficamente e se vem sofrendo mutações; o estudo da transcritômica, que permite verificar os diferentes desfechos da Covid-19 em pessoas assintomáticas e nas que desenvolvem sintomas moderados e agudos.

“As secretarias municipais já foram notificadas e farão a  investigação epidemiológica, com apoio da SES . Independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social. Além disso, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento.” diz trecho do comunicado.

Segundo a prefeitura do Rio, a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde recebeu os resultados dos exames laboratoriais neste sábado e “agora, em posse dos novos resultados, a vigilância genômica realizará a investigação epidemiológica de cada caso”.

Segundo o secretário de saúde do Rio, Daniel Soranz, chama a atenção para o exemplo de outros países, onde a Delta se espalhou rapidamente, tornando-se a predominante. Apesar de ser mais transmissível, ainda não se sabe se esta variante causa mais casos graves da doença.

De acordo com o secretário, o principal risco observado pelos técnicos é quanto à possibilidade de a variante conseguir romper a barreira estabelecida pelas vacinas. Segundo ele, até agora, as evidências mostram que os imunizantes aplicados no Brasil — CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen — são eficazes contra todas as novas cepas do coronavírus.

Nossa preocupação é que surja alguma cepa que as vacinas não tenham uma cobertura adequada, principalmente para internações e para óbitos. Mas nós já sabemos que as vacinas que temos hoje aplicadas no Rio cobrem contra todas as variantes que estão circulando no Brasil — afirmou Soranz.

A combinação em avaliação seria das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, independentemente da ordem. A iniciativa valeria também para a terceira dose de idosos, que vem sendo estudada pela Prefeitura do Rio. Quem tem 60 anos ou mais poderá receber um reforço, entre outubro e dezembro.

A “AstraPfizer” já é usada no Rio para completar o ciclo de imunização das grávidas que receberam a primeira dose da AstraZeneca antes de 11 de maio, quando o uso da vacina produzida pela Fiocruz foi suspenso em gestantes e puérperas (quem deu à luz há até 45 dias) por precaução. A medida foi tomada após uma grávida sofrer um AVC e morrer depois de receber o imunizante, mas não há comprovação de relação entre o óbito e a vacina.

 A pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, destacou que a mistura de vacinas é algo previsto pelas próprias fabricantes após o início dos estudos da chamada fase 4, de observação dos já imunizados.


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