Corpos que seriam de assassinos de médicos em quiosque são encontrados dentro de carros na Gardênia Azul.
O Poder Paralelo no Rio: Em menos de 24 horas o crime que mobilizou a atenção do Brasil diante da barbárie e modus operandi da criminalidade que se instaurou no país, comparado as organizações de traficantes, nos moldes mexicano e colombiano, teve desfecho e solução por conta dos mesmos que promovem o terrorismo urbano.
O poder é paralelo
Segundo a imprensa, ‘O “Doca”, sócio de uma milícia mandou matar os que mataram os médicos. E avisou a polícia por meio de informantes, interlocutores comuns que levaram o recado.‘ Comentou a colunista Mônica Bergamo pelo Twitter ou X como preferirem.
A Polícia encontrou 4 corpos de traficantes suspeitos do assassinato de 3 médicos e um ferido que se reuniam em um quiosque na Barra da Tijuca, na madrugada de quinta-feira (5).
Com o apoio da inteligência da polícia: três estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro; e outro no segundo veículo, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.
A polícia confirmou que dois dos quatro corpos encontrados são de suspeitos de terem participado do ataque a tiros contra os médicos. São eles:
- Philip Motta Pereira, o Lesk: o corpo dele estava no veículo localizado na Gardênia.
- Ryan Nunes de Almeida, o Ryan: ele integrava o grupo liderado por Lesk, chamado de “Equipe Sombra”.Os outros dois corpos que foram encontrados ainda serão identificados.
A investigação já apurou que dois suspeitos de envolvimento no ataque — Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW — não estão entre os mortos.
A principal linha de investigação da polícia é a de que os médicos foram baleados por engano.Filho de miliciano, conhecido como Taillon (à esquerda), seria o alvo e teria sido confundido com o médico Perseu (à direita)
Segundo investigações ainda preliminares, o verdadeiro alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa — apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste.
Os corpos dos supostos autores do ataque a tiros tinham ferimentos de disparos de arma de fogo e facadas. Eles estavam em dois carros encontrados em pontos diferentes da zona oeste. Um dos mortos estava no porta-malas de um veículo na Praça da Gardênia, na Gardênia Azul; os outros três estavam em outro veículo, em uma rua perto do Riocentro.
A quarta vítima, Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque, está estável, lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos, segundo o boletim médico.
Um Rio de Insegurança
O então ministro da “Justiça e Segurança Pública”, afirmou que o “armamento irresponsável” é uma das causas da violência no Brasil.
O problema de viver num país como o Brasil, dominado pelo crime, é que você pode ser assassinado simplesmente pelo fato de ser parecido com alguém. A tese mais provável para a brutal execução dos médicos no Rio é essa.
A execução de três médicos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, chocou o país pela crueldade do crime e ligação de uma das vítimas com a política nacional.
A barbárie compõe um quadro de violência que empilha cada vez mais casos de grande repercussão midiática. A situação se agravou a ponto de obrigar governos em todos os níveis a dar centralidade à pauta da segurança pública.