Poupança tem maior saída da série histórica

No bimestre, retirada somou R$ 18,67 bilhões, também maior da série.

2012

A saída de recursos da caderneta de poupança teve continuidade em fevereiro, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (4). As retiradas superaram os depósitos em R$ 6,63 bilhões, no que foi a maior saída líquida de valores para meses de fevereiro desde o início da série histórica, em 1995.

Até então, a maior retirada para o mês havia sido registrada em 2015 (-R$ 6,26 bilhões).

O movimento acontece em um cenário de aumento do desemprego, da inflação e do endividamento das famílias, além do fraco nível de atividade econômica.

No acumulado do primeiro bimestre deste ano, a saída de valores da poupança somou R$ 18,67 bilhões. Esta também foi a maior retirada de recursos registrada para os dois primeiros meses de um ano na série histórica, ou seja, em 22 anos, superando o recorde negativo anterior, registrado em 2015 (saída de R$ 11,79 bilhões).

Depósitos, saques e saldo da poupança
No mês passado, os depósitos em caderneta de poupança somaram R$ 152,45 bilhões, ao mesmo tempo em que os saques totalizaram R$ 159,08 bilhões. Já os rendimentos creditados nas contas dos poupadores foram de R$ 4,08 bilhões.

Com a forte saída de valores, o volume total aplicado na caderneta recuou. No fim do mês passado, o estoque era de R$ 646 bilhões, contra R$ 648 bilhões em janeiro e R$ 656 bilhões no fechamento de 2015.

Baixo rendimento

Além da economia ruim, a saída de recursos da poupança também tem relação com sua baixa rentabilidade frente a outras modalidades. Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic.

Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).

Segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com os juros básicos atualmente em 14,25% ao ano (o maior nível em quase dez anos), as aplicações em renda fixa, como os fundos de investimento, ganham mais atratividade e ganham da poupança na maioria das situações. A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano.

Além disso, a rentabilidade da poupança, no ano passado, perdeu para a inflação. A aplicação, que rendeu 8,15% no ano, não alcançou a inflação do período, de 10,67%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Descontada a inflação, a poupança teve uma perda de poder aquisitivo de 2,28%, de acordo com a consultoria Economatica. É o pior resultado desde 2002.

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Fonte: G1

 

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