As bases de engarrafamento estão lotadas de gás, mas os botijões vazios não chegam.
A greve dos caminhoneiros que chega a seu oitavo dia nesta segunda-feira afetou a distribuição nacional de gás de cozinha (GLP), zerando os estoques dos postos revendedores em todo o país. Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, o produto está retido nas estradas.
Os postos revendedores de botijão de gás no Rio e no Brasil estão vazios. As bases de engarrafamento estão lotadas de gás, mas os botijões vazios não chegam. Já as revendas estão zeradas, pois os botijões cheios não chegam ao destino afirmou Mello.
O presidente do Sindgás também declarou que, devido à retenção do produto nas estradas, muitos locais com serviços essenciais correm o risco de desabastecimento.
Os caminhoneiros têm colaborado com os motoristas que carregam produtos cujas notas fiscais provam que são destinados a hospitais, escolas e presídios. No entanto, no caso do GLP, as notas não são para os destinatários finais, mas, sim, para as revendedoras, e a essencialidade desses botijões não está sendo considerada pelo comando de greve afirmou Mello, ressaltando que a situação ainda encontra-se em relativa normalidade devido ao tempo de duração do produto (em média, 45 dias). Além disso, o brasileiro tem o costume de estocar um botijão reserva.
Mello afirmou que o Sindgás está trabalhando em um comitê de crise com a Associação Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a fim de conseguir liberar junto aos caminhoneiros grevistas as cargas destinadas a serviços essenciais.
Fonte: Jornal Extra