O prefeito Washington Reis quer que a central passe a ser administrada pela iniciativa privada em em novo espaço na BR-040.
A possível mudança não agradou os comerciantes, que reclamam do trânsito no novo local. A decisão deverá ser do governo do estado.
Polêmica
A Ceasa funciona em Irajá desde 1974, em um espaço de aproximadamente 2 milhões de m² e recebe, em média, 50 mil pessoas por dia. O local é administrado pelo governo do estado.
A sede em Duque de Caxias, na Rodovia BR 040, ligação entre a capital e Petrópolis, seria administrada pela iniciativa privada. Pelo projeto, seriam pagos cerca de R$ 50 milhões ao poder executivo estadual.
Segundo o prefeito de Caxias, Washington Reis, o novo local teria 3 milhões de m², além de estar localizado em um lugar de fácil acesso para caminhões.
“Hoje os comerciantes tem problemas de infraestrutura, problemas de burocracia com o estado e aquele cabide de emprego. Aqui vai ser privado, com concessionária e por um preço mais barato. É um local em Duque de Caxias, na esquina do Brasil”, disse Washington Reis.
Comerciantes contrários
Na opinião de Waldir de Lemos, presidente da Associação de Comerciantes da Ceasa do Rio de Janeiro, a mudança seria um erro, porque prejudicaria as entregas de alimentos na capital.
“A Rio-Petrópolis pela manhã, até às 10h, ela é engarrafada. Ficaria inviável para nós sairmos para fazer entregas de legumes e frutas no Rio de Janeiro. Na semana passada, eu fiz uma nova reunião e os comerciantes não querem sair da Ceasa do Rio de Janeiro”, comentou o presidente da associação.
Parecer do estado
A proposta de mudança do Ceasa está nas mãos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, que deve emitir um parecer pela troca em breve.
Segundo o secretário de agricultura do estado, Marcelo Queiroz, a decisão pela mudança não é uma atribuição do município de Caxias.
Além disso, a construção da nova sede seria numa área próxima a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), o que exigiria um licenciamento ambiental rigoroso.
