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Portugal vive pior tragédia dos últimos anos. Passa de 62 o número de mortos em incêndio no município de Pedrógão Grande

‘É a pior tragédia que vivemos nos últimos anos’, diz primeiro-ministro.


Um incêndio iniciado na fim da tarde de sábado, no município de Pedrógão Grande, na região central de Portugal, provocou a morte de ao menos 62 pessoas, informaram as autoridades na manhã deste domingo. O número de feridos chega a 54, neste que pode ser o pior incêndio florestal da história do país.

Floresta perto de Bouca, na região central de Portugal. Incêndio avançou sobre áreas habitadas

— A prioridade agora e salvar as pessoas que podem seguir em perigo — declarou o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, que acompanha o desenrolar do incêndio da sede da Defesa Civil, em Lisboa. —Infelizmente, esta é sem dúvida a pior tragédia que vivemos nos últimos anos em termos de incêndios florestais — concluiu, ressaltando que é possível que existam “mais vítimas fatais”.

Pelo menos 30 pessoas morreram dentro dos veículos ou foram pegas pelas chamas perto dos carros, na estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. Três morreram asfixiadas pela fumaça em um cemitério. Dos feridos, 18 foram transferidos para hospitais em Lisboa, Porto e Coimbra.

692 bombeiros, com 224 veículos e dois aviões, foram enviados para o combate às chamas que começaram por volta das 14h de sábado, numa localidade de Pedrógão Grande, a 200 quilômetros de Lisboa, no distrito de Leiria. Segundo o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, o fogo “segue avançando em quatro frentes, dois deles com grande violência”.

— O incêndio se estendeu de uma forma que não tem explicação absolutamente nenhuma — disse Gomes, informando que muitas das vítimas foram calcinadas dentro de seus veículos enquanto circulavam por uma estrada. — É difícil dizer se estavam fugindo do fogo ou foram surpreendidos por ele — disse o secretário.

De acordo com investigações preliminares, não existem indícios de que o incêndio foi criminoso. A explicação mais provável é que um raio tenha dado início ao fogo, que se alastrou por florestas de eucaliptos.

O diretor da Polícia Judiciária de Portugal (PJ), Almeida Rodrigues, afirmou neste domingo à agência Lusa que o incêndio deste sábado na região de Pedrógão Grande, provocando a morte de ao menos 62 pessoas e ferindo outras 54, não foi criminoso. A explicação mais provável é que um raio tenha dado início ao fogo, que se alastrou por florestas de eucaliptos e provocou o maior incêndio florestal da história do país.


Fonte: Jornal O Globo