A execução do agente está sendo apurada pela Delegacia de Homicídios (DH).
O policial civil Claudézio de Souza Gomes, assassinado a tiros, na manhã desta sexta-feira, durante uma emboscada na Pavuna, Zona Norte do Rio, já era investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) por fazer parte de uma quadrilha que vendia cigarros falsos e contrabandeados na mesma região em que ele foi morto. A execução do agente está sendo apurada pela Delegacia de Homicídios (DH) da capital, mas, segundo o delegado-titular da especializada, Geniton Lages, a investigação corre em sigilo.
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Claudézio era apontado como um dos chefes da quadrilha e, segundo o delegado Maurício Demétrio, titular da DRCPIM, nas últimas semanas alguns depósitos de cigarro vinculados a ele na região da Pavuna foram descobertos pela polícia.
Ele era o responsável pela distribuição de cigarros contrabandeados lá na Pavuna. Já tinha conseguido apreender muita mercadoria dele, mas ainda não tinha conseguido chegar nele diretamente. O que nossas investigações apontam é que, nos últimos tempos, ele passou a dever a fornecedores e praticou um roubo usando o próprio veículo. Mas acabou sendo reconhecido pela vítima, que transportava um carregamento legal do cigarro da marca Quality conta o delegado.
A vítima, que teve mil pacotes de cigarro roubados, contou à polícia que foi abordado por três homens armados e que foi agredido por Claudézio.
Ainda de acordo com Demétrio, no último dia 24, a DRCPIM estourou mais um depósito de cigarros de Claudézio, também na Pavuna, mas ele não estava no local:
Era questão de tempo. Em uma semana teríamos elementos suficientes para pedir a prisão dele. Mas só que nesta sexta-feira acabou acontecendo isso com ele.
Agentes que estiveram no local do assassinato contam que foram feitos mais de 37 disparos de pistola e fuzil. Segundo testemunhas, o crime foi cometido por dois homens encapuzados que estavam em um veículo Sandeiro de cor prata. Claudézio foi alvejado em várias partes do corpo.
Foram encontradas dentro do carro da vítima uma pistola e um revólver de calibre 38 que eram do policial. As duas estavam carregadas e indicam que ele não teve chance de reação.
Fonte: Jornal Extra