Para os investigadores, João Correa é um psicopata que tenta descontar nas vítimas uma traição amorosa do passado que nunca conseguiu superar.
O homem conhecido como “Viúvo Negro”, João dos Anjos Correia, de 49 anos, é procurado pela polícia por atrair mulheres sozinhas para se envolver emocionalmente e depois matá-las.
Ele é suspeito de assassinar Iracema Militão, de 62 anos, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, com quem morava havia um ano e dois meses.
O corpo da vítima foi encontrado com marcas de golpes na cabeça por um dos filhos na fazenda onde João Correa trabalhava. Walter José Militão arrombou a porta da casa após sentir um forte cheiro saindo de dentro do imóvel trancado.
De acordo com a filha da vítima, Raquel Militão, a mãe cedeu aos encantos do suspeito devido ao comportamento cuidado que ele apresentava. O acusado chegava, inclusive, a levar café da manhã na cama para a vítima.
Entretanto, os filhos relatam que a postura extremamente reservada do padrasto levantava suspeita. Ele evitava sair de casa e nunca deixava ser fotografado. O motivo poderia ser o medo de ser reconhecido como autor do crime de feminicídio.
Correia também é suspeito de matar Soani Martins, de 52 anos, em Magé, também na baixada, em julho do ano passado, e roubar os pertences da vítima após o crime.
Lúcia Helena Correia, com quem João foi casado por 20 anos e teve seis filhos, contou que também já foi vítima das ações violentas do Viúvo Negro, mas que conseguiu escapar.
Ela relata que o até então marido, diante da negativa de reatar o relacionamento, pegou um martelo que estava embaixo da cama e desferiu golpes alegando que se ela não fosse dele não seria de mais ninguém.
Para os investigadores, João Correa é um psicopata que tenta descontar nas vítimas uma traição amorosa do passado que nunca conseguiu superar.
De acordo com o delegado Luiz Otávio Franco, o uso de nomes falsos e o comportamento reservado do acusado, que estava sempre de boné e de cabeça baixa, dificulta a identificação e localização do suspeito. O caso está sendo investigado pela DHBF (Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense).