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Polícia prende membros de quadrilha de atacadistas de drogas e armas comandada por família

A polícia batizou a operação de “Bad Family” (Família ruim, em inglês).

Com a prisão, até o momento, de 13 pessoas numa ação desencadeada nesta manhã no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, a Polícia Civil fluminense acredita ter fechado o cerco a uma quadrilha de atacadistas de drogas, armamento e munição que atuava nos três estados.

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O grupo era chefiado por Edson Ximenes Pedro, o Pelincha, principal alvo da operação, que continua foragido juntamente com a mulher. Entre os presos estão um cunhado e um irmão de Pelincha, que segundo a polícia é um dos dos principais concorrentes do traficante Marcelo Piloto, que está preso.

Segundo o delegado Fábio Asty, titular da 25ª DP (Engenho Novo) e responsável pelo operação, Pelincha é considerado atualmente o maior atacadista de drogas para os complexos da Maré, Alemão e Lins, e comunidades como Cidade de Deus e Mangueira, entre outras. Também fornecia armamento e munições para traficantes destas localidades.

De acordo com as investigações iniciadas há um ano, a partir da apreensão de um aparelho de telefone celular, Pelincha era responsável pelo fornecimento de cerca de duas toneladas de maconha e meia de cocaína para favelas do Rio, cujos valores ultrapassam R$ 200 milhões anuais. Para dar a dimensão da atuação do grupo, o delegado exemplifica dizendo que somente uma remessa feita para o Complexo do Lins, em maio do ano passado, foi de 850 quilos de cocaína de alta pureza, vinda do Paraguai, cujo valor é estimado por ele em cerca de R$ 90 milhões.

É possível dizer até mesmo que antes de sua primeira prisão, em 2014, ele (Pelincha) já disputava o mercado de abastecimento de drogas com Marcelo Piloto e depois da prisão deste ficou mais forte ainda, sendo até hoje o principal abastecedor das comunidades aqui do Rio de Janeiro disse o delegado, acrescentando que a próxima etapa da operação será apurar e sequestrar todos os bens móveis e imóveis que foram obtidos através dos valores que estão nas nove contas bancárias da quadrilha, inclusive da mulher de Pelincha, que foram bloqueadas.

Oito prisões foram efetuadas no Rio, três no Espírito Santo e duas no Mato Grosso do Sul, de um total de 19 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos pelos policiais. Pelo menos dois presos, os do Mato Grosso do Sul têm ligação próxima e de parentesco com o chefe da organização.

São eles: Tiago Boldrin e Gedielson Ximenes, que segundo a polícia são respectivamente, cunhado e irmão de Pelincha. Os dois, juntamente com a mulher de Pelincha, Scheila Maria Silva de Souza também foragida, seriam responsáveis pela movimentação operacional e financeira do grupo.

Por conta da atuação em família, a polícia batizou a operação de “Bad Family” (Família ruim, em inglês). A base do grupo era uma propriedade rural de agronegócio, localizada no município de Paranhos, na divisa entre o Mato Grosso do Sul e Paraguai, de onde vinha a droga e para onde a polícia acredita que Pelincha e mulher possam ter fugido.

Segundo o delegado, a droga, armamento e munição comercializados pela quadrilha eram estocados e armazenados na fazenda, que funcionava como uma espécie de entreposto, e de lá era feito o fretamento até o destino final, por meio de transporte rodoviário. O produto, segundo a polícia era camuflado em caminhões que faziam fretamento de grãos, como soja.

O diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital, Alan Turnowski, disse que a outra etapa da investigação será destinada a descobrir como o dinheiro da quadrilha está sendo lavado, bem como o envolvimento de familiares dos líderes na movimentação financeira do grupo.

O que eu queria ressaltar é que vocês vão perceber que essa primeira operação vinha sendo realizada pela antiga gestão, mas que com a chegada desse novo governo o foco foi ampliado. Inicialmente visava a prisão de traficantes e a tentativa de interromper o fluxo de armas e drogas foi ampliada no sentido de agora dar não só atenção a essa questão de rota e quantidade de armas e drogas, mas principalmente à utilização do dinheiro proveniente dessa atividade ilícita.

Essa apreensão fez com que contas bancárias fossem bloqueadas e de agora em diante os usuários dos bens ilícitos, muitas vezes familiares ou laranjas dos traficantes, vão ser nossos alvos principais. O importante é mudar a cultura da polícia para que em primeiro lugar a gente tenha a questão de seguir o dinheiro e que ninguém possa se utilizar dele sem preocupação. Então, familiares passam a ser alvos também das nossas operações. Com isso espera dar no Rio de Janeiro, que tem 40 delegacias,capilaridade a esse tipo de trabalho, que já é feito por algumas especializadas afirmou Turnowski.

No Rio, as operações ocorreram na Mangueira onde havia informação de que Pelincha poderia estar , Realengo e Praça Seca. Pelincha já foi preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pela por tráfico de drogas e associação para o tráfico e encontra-se foragido do sistema prisional desde que progrediu para o regime semiaberto, em 2017.

A polícia descobriu ainda que ele atualiza atualmente a identidade falsa em nome de Fabio Pereira de Souza.
Fonte: Jornal Extra

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