Por ser procurado nos dois países, Rumich utilizava diversos nomes falsos.
Um homem apontado pela Polícia Civil como um dos mais procurados do Brasil e do Paraguai foi preso na noite desta terça-feira no Rio. Identificado como Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como “Galã” ou “Galant”, de 34 anos, ele foi surpreendido e capturado por agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) no momento em que fazia uma tatuagem no interior de um estúdio em Ipanema, na Zona Sul da cidade.
De acordo com a especializada, Rumich é um “grande fornecedor de drogas do Paraguai” para as maiores facções criminosas do Brasil: Comando Vermelho, no Rio; e Primeiro Comando da Capital, em São Paulo. No interior do estúdio de tatuagem, de acordo com os agentes, ele apresentou um documento falso. Os policiais, porém, já sabiam da verdadeira identidade do procurado, depois de terem trocado informações com a Polícia Civil de São Paulo.
Rumich é acusado de ter participado do assassinato de Jorge Rafaat Toumani, que ocorreu em meados de 2016. Na ocasião, o narcotraficante foi morto em uma emboscada numa área de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O crime foi registrado por câmeras de segurança, cujas imagens foram divulgadas à época. Oito pessoas ficaram feridas. O objetivo de Rumich, ainda segundo a Polícia Civil, era assumir os negócios de Jorge Rafaat.
Por ser procurado nos dois países, Rumich utilizava diversos nomes falsos, como Ronald Rodrigo Benites, Oliver Giovanni da Silva, Elton da Silva Leonel, Gallant, Galan e Pakito. Ele, inclusive, foi alvo de um atentado em julho do ano passado em Pedro Juan Caballero, no Paraguai — mesma cidade onde Rafaat sofreu a emboscada. Rumich, na ocasião, teria sido levado para uma fazenda naquela região para se recuperar dos ferimentos.
Na noite desta terça-feira, Rumich foi autuado em flagrante pelo crime de uso de documento falso. Ele era considerado foragido do sistema penitenciário.
Fonte: Jornal Extra