Wagner chegou a ser levado para o Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas não resistiu.
A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo investiga se a morte do diretor de eventos da OAB Wagner da Silva Salgado e sua família tem ligação com uma briga judicial envolvendo o inventário do pai de sua esposa, Soraya Gonçalves de Resende. O processo, que tramita na 6ª Vara Cível de São Gonçalo, se arrasta há 20 anos. Wagner atuava como advogado no caso.
Em meio à disputa, em 2014, Soraya, que é adotada, chegou a pedir na Justiça que houvesse prestação de contas no inventário do pai. A solicitação ainda foi julgada. Wagner, a esposa e a filha do casal, de 10 anos, foram mortos a tiros na madrugada desta sexta-feira. A família estava em casa, na Rua Aurélio Pinheiro, no Barro Vermelho, em São Gonçalo, quando foi atacada. A DH ainda não descarta que outras hipóteses tenham motivado o crime.
Segundo informações de moradores, o prédio onde a família foi morta pertencia à mãe de Soraya, que também mora no local.
Wagner chegou a ser levado para o Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas não resistiu. Soraya e a filha já estavam mortas. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo realiza perícia no local do crime.
OAB divulga nota de pesar
A OAB-RJ divulgou uma nota de pesar pela morte do diretor assinada pelo presidente da instituição, Felipe Santa Cruz. “É com imenso pesar que a diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro (OAB/RJ), comunica o falecimento do diretor de Eventos da OAB/São Gonçalo, Wagner da Silva Salgado, de sua esposa, Soraia, e da filha, Geovanna, após ato de extrema violência que ocorreu dentro da casa da família, na madrugada desta sexta-feira, dia 17. A presidência da OAB/RJ já entrou em contato com a Secretaria Estadual de Segurança para exigir rapidez na investigação do bárbaro crime. A Seccional se solidariza com a advocacia local na pessoa de seu presidente Eliano Enzo e oferece todo o apoio neste momento de grande tristeza e revolta”, diz a nota.