Polícia Militar, a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), a Guarda Municipal e a Polícia Civil participam da operação.
O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, disse que cinco criminosos foram presos na operação de choque de ordem, batizada de Central do Brasil, que começou na noite desta quinta-feira e se estenderá por todo o fim de semana. Dois dos homens foram presos por policiais do Batalhão de Choque e os outros três pelo grupamento de Trânsito, que está atuando no entorno das comunidades do Pinto, da Providência e da Conceição, que estão ocupadas.
— Estamos fazendo uma ação de ordenamento urbano aqui com forças estaduais e forças municipais. Os morros estão ocupados por tropas de operações especiais. Nesse patrulhamento preventivo já conseguimos prender cinco criminosos e aprender duas pistolas. Hoje, as ações tendem a se intensificar. É uma região densamente povoada, com um trânsito intenso de trabalhadores que utilizam o transporte público, como trem, metrô e ônibus. E há uma grande população de rua muitos usuários de drogas e dependentes químicos que residem aqui na localidade — disse o porta-voz da PM.
Perguntado se ação não demorou muito acontecer já que o arrastão foi na semana passada, Blaz respondeu que a região já necessitava de uma operação de choque de ordem há muito tempo.
— Estamos falando de uma grande mobilização de recursos, forças estaduais e municipais, e isso naturalmente demanda tempo. Contudo, não foi somente o caso que suscitou uma intervenção na região. Ela já te demandava uma intervenção muito antes do acontecimento da semana passada. Estamos aqui presentes para atuar me dar uma resposta minimamente positiva para rápido laçam que transita na região — explicou Blaz. — Vamos ficar até segunda-feira, contudo as ações não vou cessar. As mercadorias roubadas estou sendo recuperadas paulatinamente nas comunidades que estão sendo ocupadas.
Uma comerciante da Rua Senador Pompeu, que teve a loja arrombada do arrastão, disse ter sido a terceira vez que ladrões entram no seu estabelecimento desde fevereiro. Na invasão da semana passada, o prejuízo foi de cerca de R$ 300 mil. Ela acha que a operação não vai durar muito tempo.
— Depois da casa arrombada. Hoje está ótimo, mas acredito que não vai durar muito tempo. Estou aqui há 33 anos esse tipo de violência nunca aconteceu. Todo mundo sempre respeitou os lojistas — disse a comerciante de 76 anos, que pediu para não ser identificada.
Ela contou que os ladrões levaram o cofre da loja, micro-ondas, uma geladeira, um ar-condicionado, uma máquina de solda, um martelete (uma ferramenta), um bujão de gás, muitos chocolates, balas e chicletes.
A Polícia Militar, a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), a Guarda Municipal e a Polícia Civil fazem uma operação no entorno da Central do Brasil. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão, além de fiscalizarem veículos irregulares e depósitos clandestinos nas áreas do Terminal Procópio Ferreira, do Terminal Américo Fontenelle e dos morros da Conceição, do Pinto e da Providência. Um helicóptero está auxiliando a operação.
A ação foi planejada para reprimir todo o comércio irregular na região. No Terminal Américo Fontenelle, por exemplo, uma lona enorme que cobria o comércio de botijões de gás e outros equipamentos foi desmontado. A loja clandestina ficava exatamente no acesso ao terminal rodoviário, em frente à Rua Bento Ribeiro a mesma via onde fica a Secretaria de Segurança.