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Polícia Civil faz operação contra quadrilha de lavagem de dinheiro

A ação tem como objetivo cumprir seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão .

O Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) realiza, na manhã desta quinta-feira, uma operação para desmontar uma quadrilha envolvida em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. A ação tem como objetivo cumprir seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Maranhão, Brasília e São Paulo.

Os seis alvos com a prisão temporária decretada são Roniel Cardoso dos Santos, Laylson Santos dos Santos, Luciene Assunção, Luana Cardoso dos Santos, Gabriel Almeida Piquet de Oliveira e Antônio Bruno dos Santos. Se presos, eles irão responder por associação criminosa e crimes contra a economia popular e consumidor.

Segundo relatórios de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf), essa quadrilha movimentou R$ 50 milhões, no período de dois anos.

Eles usavam as empresas Gold Assistência Pessoal Eirele, RC Assistência Pessoal Eirele, Reali Promotora Assistência Pessoal Eirele e Fênis Eirele, para atrair pessoas, por telefone e redes sociais, para que elas pegassem empréstimos consignados nos bancos, principalmente servidores públicos. Depois, ofereciam o pagamento pelos parcelamentos e, em troca, as vítimas recebiam entre 10% e 20% dos valor total do empréstimo, como se fosse em uma pirâmide financeira.

As investigações apontam ainda que o maior argumento do grupo com as vítimas era o de que o dinheiro era reinvestido no agronegócio. Só uma suposta vítima teria depositado R$ 100 mil na conta de uma das empresas, mas a maioria seria assalariados com renda inferior a R$ 2 mil mensais. A Polícia Civil calcula que pelo menos 200 pessoas teriam sido alvos da quadrilha.

Os principais alvos da ação são Roniel e Gabriel. Eles são apontados como líderes da quadrilha. Roniel, segundo a polícia, se diz empresário de eventos no Maranhão. Ele tem 200 mil seguidores no Instagram, é dono de duas bandas de forró e programa de TV no Maranhão, por meio da RP Eventos e Entretenimento LTDA. Outro detalhe é que o irmão de Roniel é candidato a prefeito, em uma cidade do Maranhão.

A Polícia Civil identificou que o grupo não investe em bens materiais, apenas gasta o dinheiro com uma vida de luxo. São viagens para Paris e Londres, voos de helicópteros e e carros de luxo, como Range Rover, Hilux, Nissan Frontier.

Em dois anos a Gold Assistência Pessoal movimentou R$ 19 milhões que pertence a Raniel, enquanto ele sozinho movimentou no mesmo período R$ 1,2 milhão. A Reali Promotora Eireli pertence à Luana. Já a Fênix Assistência Pessoal está em nome de Gabriel Almeida e movimentou R$ 17 milhões nos últimos dois anos. Essa última tem uma filial em Brasília. A RC Promotora é de Luciene.

Golpe contra servidores

Segundo o delegado Aloysio Falcão, “essa megaoperação visa desbaratar essa quadrilha que atuava contra servidores públicos militares e pensionistas dando o golpe do crédito consignados”.

Eles pegavam um valor do crédito consignado da vítima, inclusive com a própria senha dela do banco. Com essa valor, eles transferiam para uma conta da pessoa jurídica de uma das quatro empresas, pagavam um valor, do suposto lucro de 20% antecipado para a vítima, e depois falavam que iriam arcar com as parcelas mensais que seriam debitadas em suas contas junto ao banco destacou o delegado.

Segundo Falcão, “não havia nenhum quitamento das parcelas”. Esse lucro que eles pagavam, de 20%, era com o dinheiro da vítima. Eles (criminosos e vítimas) assinavam um contrato que era totalmente falso, dizendo que as vítimas estavam resguardadas por uma apólise e uma seguradora, mas não existia um fundo garantidor  salientou.

Estamos fazendo buscas e o chefe do grupo criminoso, o Roniel, foi preso no Rio (em Jacarepaguá). Ele é muito influente no Rio e no Maranhão. Acreditamos que o principal dessa operação é o bloqueio judicial. Conseguimos bloquear R$ 50 milhões que eles movimentaram nesse período. Pedimos que as vítimas que caíram nesse golpe que venham a Polícia Civil e denuncie finalizou Aloysio Falcão.

Fonte: Jornal Extra

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