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POLARIZAÇÃO NACIONAL REFLETIRÁ ELEIÇÕES NA BAIXADA FLUMINENSE

Com as duas maiores parcelas do fundo eleitoral, PT e PL vão dividir o país nas eleições municipais de 2024.

A quatro meses das eleições majoritárias e proporcionais de outubro de 2024 nos  5.568 municípios do Brasil, o país vive o clima de polarização impressa nas urnas das eleições de 2022. A polarização caracterizada por conta da maior parte dos representantes estarem divididos basicamente entre ‘lulistas’ (esquerda) e ‘bolsonaristas’ (extrema-direita), certamente irá se repetir na disputa do próximo pleito, em clima da narrativa do “nós contra eles.”

Magé e Duque de Caxias no Alvo do Embate 

Antecipando os bastidores da política na Baixada Fluminense, a radiografia da polarização, se estabelece entre  candidaturas que a priore, deixou de ser partidária e política para ser afetiva. Em última análise as tendências nos dois municípios, Magé e Duque de Caxias, não ensejam propriamente questões ideológicas, as opções acabam se confundido com associações espelhadas pelo quadro político-partidário nacional.

Em Magé, o candidato majoritário Renato Cozzolino, tem avaliação de governo positiva. Contando com popularidade da maioria da população, a cidade creditou ao prefeito a credibilidade de boa administração ao longo de seu mandato e caminha com larga vantagem de reeleição. Com a decisão do ministro Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF), tornou Renato Cozzolino elegível, o caminho para mais 4 anos a frente do Palácio Anchieta ficou menor e mais difícil para acessão da oposição. Somados os fatores: Vitória no judiciário, boa performance na administração, e apoio popular. Não bastassem as indicações em tela, Renato ainda conta com a chancela de apoio do presidente da República Lula (PT), para continuar governando.

Lembrando que o prefeito de Magé, Renato Cozzolino, faz parte de um partido de Centro-Direita (PP),  não defende posicionamento quanto a questões ideológicas. 

Em rara demonstração de união, a direita em Magé, resolveu caminhar com a oposição à família Cozzolino e apoiar o ex-deputado Ricardo da Karol (PL) na disputa pela prefeitura, reafirmando a condição de polarização que vive o país. Antes filiado a partidos de esquerda, Ricardo da Karol (PL) e correligionários, apostam na boa performance da votação bolsonarista na cidade para equilibrar a balança eleitoral e caminhar em condições de igualdade na eleição, demostrando em tese, não ter nenhuma comunhão com questões ideológicas ou afetiva partidária. Ricardo é um político moderado e tranquilo, demonstrando ao longo de seus inúmeros mandatos de deputado federal e estadual, pontuando nas últimas eleições majoritárias de Magé, um segundo lugar com votação expressiva. 

A condição de Ricardo da Karol representando um partido de direita com militância fervorosa, foi uma estratégia inteligente, todavia, capitaneada pelo deputado Flávio Bolsonaro, sem a manifestação voluntária do ex-presidente Bolsonaro (PL), em integrar palanque favorável a Karol. Doravante, um posicionamento de Bolsonaro quanto a apoiar claramente a frente oposicionista ao atual governo, parece não ter mudanças significativas na atual conjuntura política local.   

Em Duque de Caxias, segundo colégio eleitoral do estado e com o maior orçamento da Baixada — R$ 4,7 bilhões, é também o quarto PIB do estado e município estratégico nas eleições de 2026, a história se repete.

A disputa entre o ex-prefeito Zito hoje filiado ao PV, partidos da Federação Brasil da Esperança, PT, PCdoB e PV, e o candidato do PL Netinho Reis, é outro exemplo prático de mudanças quanto a compromissos ideológicos partidários, o que já retrata um comportamento, pelo menos na prática, ultrapassado.
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O candidato Zito em recente amostras de enquetes, desponta como líder absoluto para prefeito em Caxias, antes mesmo do pleito. Escreveu sua primeira vitória ao ser escolhido como candidato da Federação Brasil da Esperança. “O Rei da Baixada” nos anos 1990 por suas votações expressivas, tem no curriculum vasta experiência no trato com a política: Foi eleito vereador em Duque de Caxias em 1988 com 1.770 votos. Em 1992, foi reeleito  e entre 1993 e 1994 ocupou o cargo de presidente da Câmara Municipal. Em 1994, foi eleito deputado estadual pelo  e em 1996 se elegeu prefeito. Foi reeleito em 2000 com 315.679 votos, o mais alto índice de votação do país em cidades com mais de 200 mil habitantes: 81,6%. No auge de sua carreira política, chegou a ter 90% de aprovação e promoveu candidaturas de sua então mulher, Narriman Zito, e de outros parentes, em cidades vizinhas.

Em 2006, foi eleito como o deputado estadual mais votado, com 204.880 votos. Em 2008 foi eleito pela 3° vez como prefeito de Duque de Caxias, vencendo o pleito no 1º turno com 245.218 votos (53,34% dos válidos), esse feito foi histórico, ele se tornou o único político a ser eleito três vezes prefeito de Duque de Caxias. Entre 2007 e 2010.

Encontro organizado por André Ceciliano em Brasília reuniu, André Lazaroni, Zito, Gleisi e Lindbergh 

Seu histórico fala por ele, e hoje volta ao cenário político na disputa majoritária, chancelado pelo atual presidente da república Luiz Inácio da Silva, Lula (PT ), com forte condições para administração da cidade. Em recente encontro em Brasília, Zito se reuniu com a cúpula petista recebendo dos correligionários amplo apoio.

Em contra ponto a Zito, Cacique do MDB, Washington Reis encontrou dificuldades para definir um nome de confiança e viável eleitoralmente à prefeitura e acabou por escolher o sobrinho Netinho Reis (MDB), empresário novato na política.  Os irmãos do ex-prefeito, os deputados federais Gutemberg Reis e estadual Rosenverg Reis e o vereador Júnior Reis, todos do MDB, são impedidos pela Lei Eleitoral de concorrer ao pleito. O ex-prefeito do MDB foi reeleito e renunciou para disputar o Senado, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral.

Netinho cresce, mas Zito dispara em Caxias, e PV reage após encontro de Quaquá e Reis e coloca Caxias como prioridade do PV no GTE – Grupo Tático Eleitoral do PT Nacional.

Washington Reis pretende manter a hegemonia de sua família, O atual prefeito, Wilson, é tio de Reis. De acordo com interlocutores, pesa contra a indicação a falta de experiência do escolhido. 

Netinho Reis é empresário do ramo da reciclagem e jamais ocupou um cargo político. Aos 11 anos, porém, começou a participar das campanhas dos tios e, aos 14, coordenava a produção de material de campanha nas gráficas da família. Agora, aos 30, aposta na juventude para vencer a corrida pela cadeira principal da Prefeitura de Duque de Caxias. Em suas redes sociais, Netinho vem postando fotos de visitas e encontros estratégicos ao lado dos tios, Washington e Rosenverg Reis, deputado estadual pelo MDB.

Por: Antonio Alexandre, jornalista e editor da RedeTv+ 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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