Site icon Rede TV Mais

PM é um dos 19 presos em operação contra milícia em São Gonçalo e Maricá

Sargento já havia sido investigado pela Operação Calabar e foi candidato a vereador.

O sargento da Polícia Militar Wainer de Teixeira Júnior foi preso, na manhã desta segunda-feira, numa operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MP-RJ) cujo objetivo é desarticular uma quadrilha de milicianos que age em São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Até o momento há 19 presos.

PUBLICIDADE

 

Wainer é acusado de ser miliciano em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, e já foi lotado no 7º BPM (São Gonçalo). Em 2012 ele foi candidato a vereador pela cidade que mora, mas acabou não sendo eleito. O policial tentou concorrer novamente quatro anos mais tarde, mas foi considerado “inapto” pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma vez que não prestou contas de sua campanha anterior, e desistiu da disputa em 2012.

Wainer já havia sido investigado pela Operação Calabar, realizada em junho, quando a Polícia Civil e o MP-RJ cumpriram 96 mandados de prisão preventiva contra policiais acusados de receber dinheiro de traficantes de drogas na região de São Gonçalo.

Segundo as investigação da DHNSG, o sargento fazia parte do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) do Jardim Catarina, em São Gonçalo. O grupo recebeu, entre 2014 e 2016, R$ 7,5 mil mensais para deixar de coibir o tráfico de drogas em comunidades como Jardim Miriambi, Boca da 39, Pica-Pau, Baixadinha e Carobinha, Morro da Viúva e Marambaia.

Ainda segundo a apuração da especializada, Wainer era um dos líderes do esquema de recebimento de propina do 7º BPM. Além dele, outros 95 policiais militares foram denunciados pelo Gaeco pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

As investigações demonstraram que os policiais recebiam propina para não coibir o tráfico de drogas nas comunidades de São Gonçalo. Além disso, revendiam armas e drogas apreendidas nas operações para os bandidos. Numa situação, um dos policiais chegou a oferecer escolta para um “bonde” de criminosos se deslocar, após um traficante ter perguntado a ele se era possível alugar um fuzil da própria Polícia Militar para o tráfico.

Fonte: Jornal O Dia