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PGR pede cópia de vídeo em que Bolsonaro ameaçou Moro de demissão e novos depoimentos

Ministros da ala militar do governo serão ouvidos como possíveis testemunhas da tentativa de interferência na PF.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para novas diligências no inquérito que apura as acusações do ex-ministro Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro. Dentre as diligências, que devem ser realizadas pela Polícia Federal (PF), Aras solicitou que sejam tomados os depoimentos de ministros do governo e a obtenção de cópia do vídeo de uma reunião do Palácio do Planalto em que Bolsonaro teria ameaçado Moro de demissão caso não permitisse interferências na PF.

As diligências se baseiam nas informações e provas fornecidas por Moro em seu longo depoimento de mais de oito horas, realizado no último sábado na PF de Curitiba. A existência do vídeo da reunião do conselho de ministros do governo federal na qual Moro teria sido ameaçada de demissão. Aras pede que o ministro Celso de Mello, relator do caso, determine à Presidência da República o envio de cópia do vídeo desta reunião, para fundamentar as investigações.

Três ministros da ala militar Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram citados por Moro como testemunhas das tentativas de interferência de Bolsonaro na PF e deveriam ser ouvidos pelos investigadores. Aras solicita que a PF tome depoimento de Heleno, Braga Netto, Ramos e dos delegados da PF Maurício Valeixo, ex-diretor-geral, e outros delegados que podem testemunhar tentativas de interferência de Bolsonaro na PF.

O procurador-geral também solicitou a elaboração de um laudo pericial a partir do conteúdo do telefone celular do ex-ministro Sergio Moro, entregue no sábado à PF durante seu depoimento. Também pediu que a PF analise a autoria e integridade da assinatura digital do então ministro Sergio Moro no decreto de demissão de Maurício Valeixo, que Moro declarou não ter assinado.

As diligências continuarão sob responsabilidade do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF, órgão responsável pelas investigações de políticos com foro privilegiado. O depoimento de Moro foi colhido pela chefe do Sinq, Christiane Correa Machado, mas as novas diligências devem ficar a cargo de algum delegado integrante do grupo.

Fonte: Jornal Extra

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