Investigação aponta ligação do ex-gestor com esquema de cobranças indevidas; defesa afirma que provará inocência ao fim do processo;

A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira, o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, durante uma operação que investiga descontos ilegais aplicados em aposentadorias e benefícios previdenciários. A ação ocorre após meses de apuração sobre um esquema que teria causado prejuízos a milhares de segurados em todo o país.
Stefanutto, que comandou o INSS até abril deste ano, foi demitido do cargo após o escândalo vir à tona, quando denúncias de aposentados começaram a ser encaminhadas ao Ministério da Previdência e aos órgãos de controle. As vítimas relatavam cobranças desconhecidas e não autorizadas em seus benefícios mensais.
A Operação
A PF cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diferentes estados, investigando a atuação de servidores, empresas e intermediários suspeitos de integrar o esquema. Segundo fontes da investigação, o foco é identificar quem autorizava, operacionalizava e lucrava com os descontos irregulares, que, em alguns casos, eram repetidos por meses sem o conhecimento das vítimas.
Defesa nega irregularidades
Por meio de nota, a defesa de Stefanutto afirmou que ele “jamais participou de qualquer ato ilícito” e que sua prisão é “injusta”. Os advogados garantem que, ao longo do processo, provarão a inocência do ex-presidente do INSS e sua ausência de vínculo com os operadores do esquema.
Impacto sobre aposentados
O caso reacendeu debates sobre fraudes em consignados, associações fantasma e descontos abusivos que afetam aposentados e pensionistas em todo o Brasil um grupo frequentemente alvo de golpes devido à vulnerabilidade socioeconômica e ao alto volume de benefícios movimentados.

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