Ao todo, 233 pessoas morreram e quatro seguem desaparecidas; cidade foi atingida pela chuva mais forte desde 1932.

Ainda são mais de 600 pessoas desabrigadas em Petrópolis. Muitos tiveram suas casas derrubadas pela correnteza. Outros tiveram que deixar seus lares por risco de desabamento. O benefício do Aluguel Social, do governo do Rio de Janeiro para realocar pessoas nessa situação, já foi solicitado por quase 3.000 famílias.
Porém, o pagamento de R$ 1.000 será feito no quinto dia útil do mês de abril. Desse total, o governo do Rio vai pagar R$ 800 e a prefeitura vai custear os outros R$ 200.
Comércio reabre com prejuízos
Três dias depois da tragédia, o comércio reabria as portas para calcular os prejuízos e iniciar o processo de limpeza. Uma imagem chamou atenção: uma montanha de livros descartados por conta dos estragos causados pelas águas que invadiram uma das principais livrarias da cidade. Eram mais de 15 mil exemplares descartados.
Agora, a livraria voltou a funcionar, mas o subsolo, que funcionava como estoque e escritório administrativo está em reforma. Para recuperar o caixa, a loja fez uma campanha chamada ‘Compre +1’, para que todos os clientes, além de adquirirem seu livro, levem um exemplar a mais para presentear.
Com cerca de R$ 200 milhões de prejuízos para os lojistas da cidade, o governo estadual também ofereceu linhas de crédito para autônomos, empreendedores informais, micro, pequenas e médias empresas. Os valores vão de R$ 10 mil até R$ 500 mil. Até agora, foram 16.340 financiamentos registrados.

Recuperação de Petrópolis
Para o economista especializado em Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Istvan Kasznar, a prevenção de novos desastres é o primeiro ponto para a retomada da cidade. Ele ressalta a necessidade do investimento em educação ambiental e em equipamentos que podem ajudar na evacuação das áreas de risco.
“É preciso investir, claro, em elementos que permitem rapidez para evitar que as populações que devem ser evacuadas em caso de chuvas ou percepções de grandes tormentas possam fazê-lo bem. Então, alarmes, sistemas de sirenes e outros necessitam ser colocados em todos estes lugares inclusive e sobretudo onde a gente já sabe que a população está”, explicou o especialista.
Kasznar ressaltou também que o mais importante não é fazer grandes investimentos e sim que o poder público tenha constância nessas questões e não apenas quando houver uma catástrofe.
“Tem aquela questão de investir 10% em educação, 5% em saúde, ou então inverter esses coeficientes e assim por diante. O fato é que o percentual em si, pode ser bem menos importante. É essencial que haja regularidade na alocação do recurso da construção civil para colocar e canalizar corretamente os rios, riachos, arroios, lagoas”, pontuou o economista.
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