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Perto do Sport, Walter acumula gols, altos e baixos e briga contra balança

Negociando com o Rubro-negro, atacante se destaca pela qualidade técnica, mas enfrenta dificuldades para manter o peso. Problema que o atrapalhou nos últimos anos.

Apesar de ainda não concretizada, a possível contratação de Walter pelo Sport já gera enorme repercussão na torcida. Muitos rubro-negros pensam em como serão as atuações do jogador pela equipe. A fim de estimar a eventual contribuição que o atacante daria à equipe, nada melhor do que recorrer ao que ele já fez na carreira.

Walter é um jogador de notável qualidade. Em quase todas as equipes que participou, demonstrou técnica refinada, capacidade de distribuir assistências e, mais do que isso, de marcar gols. O problema é que o talento dentro de campo quase sempre veio acompanhado por dificuldades fora dele – a mais célebre, claro, é a luta contra a balança.

Por isso, ao longo da carreira, Walter foi um atacante que alternou ótimos momentos e fases apagadas. Uma trajetória cheia de altos e baixos.

O primeiro grande momento de Walter foi em 2008, quando marcou seis gols e foi considerado o melhor jogador do Internacional que parou nas semifinais da Copa São Paulo de Juniores. Na mesma temporada, subiu para os profissionais e passou a ter eventuais oportunidades no time de cima. Sempre que era acionado, mostrava que podia ser importante. Ma a concorrência era enorme, as chances, escassas – e os problemas extra-campo se avolumaram. Em 2010, acabou negociado com o Porto, de Portugal.

Em terras lusas, nunca conseguiu mostrar grande futebol. Tanto que só ficou na equipe no segundo semestre de 2010 e no ano de 2011. Desde então, tem sido repetidamente emprestado pela equipe, com quem tem vínculo até 2017 (com cláusula para prorrogar até 2019).

O primeiro clube na volta ao Brasil foi o Cruzeiro, no início de 2012. Passagem apagada: foram apenas 11 jogos e só três gols marcados. O futebol apresentado foi tão discreto que o treinador da Raposa na época, Celso Roth, não se opôs à saída do atacante para o Goiás na metade daquela temporada.

Quando chegou ao Goiás, Walter voltou a demonstrar quão grande era seu talento. Disputou a Série B e foi a principal peça do Esmeraldino no título. Marcou 14 gols naquela campanha e deu cinco assistências. No ano seguinte, 2013, ainda na equipe do Centro-Oeste manteve o nível – mesmo na exigente Série A. Mais uma vez foi o destaque do Goiás e, com 13 gols, ajudou o clube a chegar ao sexto lugar na competição.

Despertou o interesse, mais uma vez, dos gigantes do futebol brasileiro. Foi contratado pelo Fluminense. Mas teve atuação irregular no Rio de Janeiro. Em parte pela forte concorrência de Fred, mas os problemas com excesso de peso e a impaciência de ficar no banco de reservas também pesaram. Os números demonstram o baixo aproveitamento: em 23 partidas daquela Série A, marcou apenas dois gols.

Em 2015, depois de um Carioca sem brilho, o atacante voltou a se destacar. Não mais pelo Fluminense, mas pelo Atlético-PR, para quem foi emprestado no segundo semestre. Na Série A, teve participação importante – principalmente no primeiro turno. No total, fez 32 jogos pela competição e marcou nove gols. Rendimento que o fez voltar a ser pretendido não pelo Sport, mas por outros clubes do cenário nacional.


Fonte: Globo Esporte