PEDRINHO MATADOR: SERIAL KILLER COM 400 ANOS DE CONDENAÇÃO É ASSASSINADO EM SÃO PAULO

Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar , tatuou no braço esquerdo: ‘Mato por prazer’.

Pedro Rodrigues Filho, ‘ Pedrinho Matador’,  considerado o maior serial killer do Brasil, morreu assassinado a tiros em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, na manhã de domingo (5), ele foi encontrado morto por volta das 10h de domingo no bairro Ponte Grande.  A Polícia Civil trabalha com a hipótese inicial de vingança

De acordo com a PM, um carro preto se aproximou quando o homem estava parado na calçada da casa onde vivia e segundo testemunhas,  um dos ocupantes disparou pelo menos quatro vezes na direção dele. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e confirmou a morte do homem ainda no local. Os suspeitos fugiram logo após o crime.

De acordo com o boletim de ocorrência. O assassino em série, de 68 anos, foi morto na calçada em frente à casa de familiares e ainda, além dos quatro tiros, teve o pescoço cortado.

Uma tia do assassino em série, declarou que Pedro estava na calçada com uma criança de colo, quando um carro preto passou atirando. A criança não foi atingida.

Pedrinho Matador, era considerado o maior serial killer do Brasil e chegou a ser condenado a mais de 400 anos de prisão, mas estava em liberdade desde 2018. 

Histórico de Violência 

Pedrinho  afirmava ter matado mais de cem pessoas, incluindo o próprio pai. Preso  pela primeira vez em 1973, passou 42 anos na cadeia. Ele tinha 68 anos e era considerado o maior assassino em série do país.
 
Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Pedrinho nasceu com uma rachadura no crânio em razão dos chutes que o pai dele dava na mãe durante a gestação. Em entrevista concedida para a revista “Época”, de 2003, ele confessou que teria matado mais de cem pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional.

O seu primeiro assassinato aconteceu em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais,. Ele matou a tiros o então prefeito da cidade, que tinha demitido seu pai, vigia de um colégio municipal.

Simplesmente, sou um assassino, sempre fui“, disse ele em uma entrevista ao Fantástico em 1996, quando estava há quase 30 anos preso. Em 2018, já em liberdade, Rodrigues Filho criou um canal de Youtube. Ele também mantinha um perfil no TikTok. Em um dos vídeos, mostrou um livro em que conta a sua história.

Pedrinho Matador começou a matar aos 14 anos e se converteu antes de morrer

O acervo do site Memórias da Polícia Civil de São Paulo  e outras fontes de pesquisa sobre casos policiais, contam detalhes da vida e até do folclore criado a respeito de Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador.

A última detenção teve início em 2011, quando ele permaneceu mais 7 anos preso, até conquistar a liberdade em 2018.
Os relatos contam que ele matou pela primeira vez aos 14 anos e seguiu matando, sendo considerado culpado de mais de 100 homicídios, incluindo o do próprio pai. 

Ele publicou diversos nas redes sociais se dizendo um “ex-matador“, sendo convidado frequente de podcasts e entrevistas.

Em 2021 ele se converteu à religião e foi batizado nas águas pela igreja evangélica Santidade e Arrependimento. Há cerca de um ano, publicou nas redes sociais as cenas de um batismo. O último vídeo foi postado do canal do YouTube há dois dias.

Além de um canal no Youtube, ele também era convidado de podcasts e entrevistas pela internet, no passado recente. Em reportagens mais recentes, dizia que o crime não é brincadeira.

Como ele permaneceu muitas décadas preso, metade de suas vítimas foi abatida dentro dos presídios pelos quais passou.
Ele morreu aos 67 anos, antes de responder por todos os crimes – foi  condenado a quase 400 anos de prisão, a maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil.

Ele contava que havia nascido com o crânio ferido, “resultado de chutes que o pai acertou na barriga da mãe durante uma briga“. Por isso, dizia, teve vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos. “Numa briga com um primo mais velho, empurrou o rapaz para uma prensa de moer cana. Ele não morreu por pouco”, segundo relato do Memórias da Polícia Civil de SP.

Aos 14 anos ele matou o vice-prefeito de Alfenas (MG), por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar merenda escolar. Pouco ttempo depois, matou outro vigia, que supunha ser o verdadeiro ladrão.

Depois disso, ele já procurou refúgio em Mogi das Cruzes (SP), onde começou a roubar bocas de fumo e a matar traficantes. Aqui, segundo registros da PM, ele “conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia.

Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. ‘Contratou’ soldados e montou o próprio negócio”, conta o arquivo policial.

Logo depois da morte da companheira, ele matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher.

“Pedrinho e quatro outros homens o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de 7 mortos e 16 feridos. O assassino ainda não tinha completado 18 anos”.

Ainda em Mogi, executou o próprio pai numa cadeia da cidade, depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho veio com atos de canibalismo: além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço.

Preso pela primeira vez em 1973

Em 2003, apesar de já ter sido condenado a 126 anos de prisão, por pouco não foi libertado, pois a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos atrás das grades.

Porém, por causa da série de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, a permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017.

Pedrinho contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté.

Por ser contra a violência e abuso sexual contra mulheres, Pedrinho afirmou: “Vou matar o motoboy“, se referindo ao Maníaco do Parque, um estuprador brasileiro, também muito conhecido. Essa desejo,no entanto, segundo a PM, não foi cumprido.

Histórias

Numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã. “Ele era meu amigo, mas eu tive de matar.

Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um fenômeno de sobrevivência no duro regime carcerário.

São muitas as histórias. Uma vez, ‘atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr os outros dois. Matou um colega de cela porque ‘roncava demais‘ e outro porque ‘não ia com a cara dele. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar , tatuou no braço esquerdo: ‘Mato por prazer‘.

Psicopata

Os psiquiatras Antonio Andraus e Norberto Zone Júnior, que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era ‘a afirmação violenta do próprio eu’.

O diagnóstico foi ‘caráter paranoide e anti-socialidade‘.

A morte de Pedrinho Matador em frente à casa onde  morava, no bairro da Ponte Grande, reaviva as histórias do criminoso que acumulou desafetos durante o longo período de detenção.

Mais recentemente, reportagem da Folha de S.Paulo, trouxe notícias atualizadas sobre o morador de Mogi das Cruzes que resolveu manter uma página no Youtube, com o título Pedrinho, Ex-Matador Oficial. À reportagem, ele disse que o crime “não é brincadeira”.

“Muitos estão entrando por verem os galhos, fama e dinheiro, não a raiz, prisão e morte. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais”.

 

 

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