PÂNICO NOS BASTIDORES POLÍTICO: PRISÃO DE DANIEL VORCARO PROVOCA PREOCUPAÇÃO ENTRE POLÍTICOS E AUTORIDADES

O caso já é classificado como a maior intervenção de liquidação da história do sistema financeiro brasileiro.

A prisão de Daniel Vorcaro — fundador e controlador do Banco Master — no final da noite de 17 de novembro de 2025, em pleno aeroporto de Guarulhos, e a decretada liquidação extrajudicial da instituição pelo Banco Central do Brasil (BC) na manhã seguinte, deram início a um dos episódios mais tensos do sistema financeiro e político dos últimos anos.

A movimentação desencadeou uma onda de apreensão nos “corrimões do poder”: para parlamentares de alto escalão, para o Judiciário, para autoridades da equipe do Planalto. Há o temor de que uma eventual delação premiada venha a revelar vínculos políticos e financeiros de peso — o que explicaria o clima de “pânico nos bastidores”.

O que se sabe até agora

Prisão de Vorcaro: A operação da Polícia Federal (PF), batizada “Operação Compliance Zero”, prendeu Vorcaro no Aeroporto de Guarulhos por volta das 22h, quando ele tentava embarcar para o exterior.

Junto com ele, foram presos também seu sócio e pelo menos três diretores do Banco Master.

A aeronave particular do banqueiro — modelo Falcon 7X, avaliada em cerca de R$ 200 milhões — foi apreendida.

Liquidação do Banco Master: Na manhã de 18 de novembro de 2025, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, considerando que a instituição perdeu condição de funcionamento normal.

O banco detinha cerca de R$ 86,396 bilhões em ativos, segundo reportagem da Infomoney; e depósitos da ordem de R$ 62,2 bilhões estavam em risco.

O caso foi classificado como a maior intervenção de liquidação da história do sistema financeiro brasileiro.

Fraude de ~R$ 12,2 bilhões: As investigações da PF e do Ministério Público Federal (MPF) apontaram que o Banco Master teria vendido carteiras de crédito inexistentes — cerca de R$ 12,2 bilhões — ao Banco de Brasília (BRB), além de apresentar documentos falsos ao BC para justificar operações.

A transação entre BRB e Master vinha sendo analisada, mas a operação não foi aprovada pelo BC.

Impactos para clientes e sistema:

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) será acionado para ressarcir clientes com até R$ 250 mil em depósitos no banco. Para valores acima disso, os credores entram em fila de liquidação.

O Tesouro Nacional afirmou que não prevê impacto para a União ou para a dívida pública, embora o risco de contágio privado seja elevado.

Por que gera temor no meio político

Rede de relacionamentos: Vorcaro vinha sendo apresentado por interlocutores como alguém disposto a “contar toda a história” — relações, financiamentos, operações offshore — caso o negócio de venda da instituição fosse aprovado ou recusado.

Operações envolvendo autoridades: A intermediação da venda do banco, transações de crédito e oferta de retornos elevados aos clientes atraíram o olhar regulatório — e levantam dúvidas sobre possíveis vínculos com autoridades federais e estaduais.

Possível delação premiada: Com a prisão e o volume de recursos envolvidos, abre-se caminho para uma delação que pode atingir nomes influentes no Parlamento, no Judiciário e até no Planalto, conforme alertavam fontes nos bastidores.

Teste de confiança: A liquidação do Banco Master abre precedente sobre quanto o sistema financeiro consegue absorver de riscos antes de gerar contágio político-econômico.

Os próximos passos e o que observar:

A prisão de Daniel Vorcaro e a liquidação do Banco Master representam mais do que um escândalo financeiro isolado. É um choque político-econômico que põe em risco a percepção de integridade do sistema financeiro e evidencia como redes de poder, crédito e política se fundem por trás de instituições aparentemente técnicas — com efeitos reais num ambiente onde os atores públicos se envolvem em decisões que aceleram ou retardam venda, aquisição, liquidação.

Em suma: o que parecia um negócio de banco virou crise institucional, e Brasília passa a observar as próximas etapas com apreensão — pois o volume de dinheiro, o nível de audácia da fraude e a possibilidade de instrumentos de chantagem são elevados.

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