A droga foi encontrada no fundo falso de uma cama box transportada na carroceria da picape.
O pai e o irmão do traficante Robson André da Silva, o Robinho Pinga, foram presos em flagrante nessa quinta-feira em uma operação da 22ª DP (Penha) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Waldir Camizão, de 73 anos, e Rodrigo Marcelo da Silva, de 36, são acusados de guiar o motorista de uma picape onde havia cerca de 200 quilos de maconha. Eles foram abordados no município de Seropédica, na Baixada Fluminense.
A droga foi encontrada no fundo falso de uma cama box transportada na carroceria da picape. O motorista do veículo, que é morador de Foz do Iguaçu, no Paraná, também foi preso. Os familiares de Robinho estavam em um Ford Ka branco e de acordo com informações da polícia, se desclocavam junto com a picape. Todos foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas interestadual e associação para o tráfico.
A 22ª DP investiga para qual comunidade a maconha seria levada. Robinho Pinga, morto em 2007, tinha grande influência na região de Bangu e Senador Camará, por isso a polícia não descarta que a droga teria como destino essas localidades.
Waldir, pai de Robinho, tem sete anotações criminais por delitos como roubo e lesão corporal. Já o irmão do traficante, Rodrigo, tem uma passagem pela polícia do Espírito Santo pelo crime de contrabando. O motorista da picape tem uma anotação criminal por roubo no Paraná.
Robinho Pinga morreu por problemas de saúde em dezembro de 2007. O bandido estava preso desde janeiro daquele ano na Penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Um mês antes de morrer, ele havia sido transferido para o Hospital Central Penal, em Gericinó. O seu estado de saúde se agravou e ele foi internado no Souza Aguiar em coma profundo.
Segundo seus advogados, Robinho emagreceu 18 quilos enquanto estava preso em Catanduvas, no Paraná, e vinha tomando quatro tipos de remédios, incluindo um antialérgico. De acordo com médicos que o examinaram, ele sentia dores na cabeça e passava por instantes de cegueira.
Robinho Pinga era apontado pela polícia como o maior fornecedor de armas e drogas para o tráfico do Rio. O bandido também negociava com traficantes de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Robinho chefiava o tráfico de drogas e armas nas favelas da Coréia, Rebu e Sapo, na Zona Oeste do Rio. Em abril de 2004, a polícia estourou um paiol com oito minas terrestres, 161 granadas e cerca de 30 mil munições em uma das favelas que seriam controladas por ele. O material tinha sido desviado de quartéis das Forças Armadas.
Fonte: Jornal Extra