A operação foi batizada de “Lázaro II” isso porque em determinados cartórios, algumas pessoas já mortas “assinavam” escrituras.
As investigações sobre a atuação do bando começaram há dois anos. São apuradas fraudes em municípios da Baixada e também no Centro do Rio. São apurados os seguintes crimes: denunciação caluniosa, falsificações, lavagem de dinheiro, estelionato, peculato, corrupção passiva e associação criminosa.
Há policiais em endereços nas zonas Sul e Oeste da capital e também em Nova Iguaçu, na Baixada. A operação foi batizada de “Lázaro II” isso porque em determinados cartórios, algumas pessoas já mortas “assinavam” escrituras como se estivessem vivas. De acordo com a polícia, os denunciados adulteraram escrituras públicas e o registro de imóveis “de forma grosseira e reiterada”.
A investigação constatou que vários imóveis que tiveram suas escrituras e registros falsificados foram vendidos por um valor muito baixo. Depois, esses mesmos imóveis foram mais uma vez revendidos. Mas, dessa vez, com o valor absurdamente superior à transição anterior, o que é um indício de lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o bando negociou vários imóveis usando esse método.
Foram presos nesta quinta-feira:
Marcelo Dias de Azevedo
Casemiro Silva Netto (Tabelião)
Victor Hugo Ferreira Silva (cartorário)
Geneci Venâncio
Rodrigo Ferreira Magalhães (corretor imobiliário)
Manoel José da Silva (Tabelião)
Maria Evelyn Cersosimo (auxiliar de cartório)
André Luis da Silva (Tabelião)
Wanderley Coelho de Souza (Tabelião)
Osmar da Silva Muzi
Zarathrusta Sunur Sondahl
José Valter Dias (Vereador em Belford Roxo)
Arthur Fabiano Lima de Andrade (ex-vereador)
José Sérgio Antunes da Silva (Tabelião)
Eliseu Vianna da Silva (funcionário de cartório)
Dois alvos da operação não haviam sido encontrados até as 8h45. Um dos presos, Manoel José da Silva, de 83 anos, passou mal e teve que ser atendido em uma ambulância.