Braço-direito do miliciano Ecko e mais 11 morrem.
O homem apontado com o chefe de uma milícia que age em Itaguaí, na Região Metropolitana, morreu, na noite desta quinta-feira, em confronto com agentes das polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF). Carlos Eduardo Benevides Gomes, conhecido como Cabo Benê, de 39 anos, é ex-soldado da PM, foi lotado no 27º BPM (Santa Cruz), e atualmente era braço-direito do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos criminosos mais procurados do estado. Além dele, outros 11 suspeitos morreram na ação.
Na ação, foram apreendidos cinco fuzis, três metralhadoras, além de pistolas, munição, uma granada, aparelhos de comunicação e os quatro carros que faziam parte do comboio.
De acordo com o delegado Fabrício Oliveira, titular da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que comandou a ação, Cabo Benê estava em um comboio formado por quatro carros. Os milicianos foram interceptados e trocaram tiros com os policiais. Um dos agente foi atingido por um disparo, mas a bala acertou seu colete e ele passa bem.
Nas redes sociais, moradores relataram a ação:
— Clima tenso na Rio Santos na altura da base da PRF, em Itaguaí. Informações dão conta de que milicianos foram baleados ao confrontar os agentes —, comentou um perfil.
A força-tarefa da Polícia Civil, criada para combater a ação de milícias na Baixada Fluminense, realizou mais uma ação, nesta quinta-feira. Desta vez, o grupo, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), interceptou um comboio de milicianos na altura do posto da PRF da Rio-Santos, em Itaguaí. Na ação, policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em ação conjunta com e da PRF, foram atacados pelos suspeitos, que portavam fuzis, metralhadoras e pistolas.
De acordo com delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, o comboio era formado por milicianos ligados a Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera. Eles vinham sendo monitorados há cerca de 15 dias pelo serviço de inteligência da força-tarefa, que apurou a frequente movimentação de criminosos em uma rota que liga a Zona Oeste à Baixada.
Antes de chegar à PRF, tem um desvio. Para não passar em frente ao posto, eles desviavam por essa via secundária. Chegamos a montar quatro ou cinco operações dessas, mas só hoje aconteceu. Na hora que eles pegaram a bifurcação, nós fechamos a via secundária e eles ficaram encurralados — relata Oliveira.
O delegado conta ainda que o primeiro tiro partiu do bando, e um policial da Core foi atingido, mas foi protegido pelo colete balístico. A partir desse momento, o confronto começou. Onze homens ligados ao Tandera foram mortos no local. O 12º chegou a ser socorrido, mas também não resistiu. Ainda segundo Oliveira, nenhum suspeito fugiu.
Bonde do miliciano Ecko
A milícia comandada por Ecko age principalmente na Zona Oeste do Rio, mas tem expandido os seus domínios, com a criação de “filiais” por municípios da Região Metropolitana e Baixada Fluminense. Cabo Benê é apontado como o responsável pelas atividades do bando em Itaguaí, chamado de “Milícia de Chaperó”, por atuarem com mais frequência em um condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro Chaperó.
As investigações apontam que o grupo chefiado pelo ex-PM age com extrema violência na região, praticando crimes tradicionais da milícia, como extorsão de empresários, exploração do transporte alternativo, venda de gás e cobrança de “taxas de segurança”. Os integrantes da quadrilha normalmente usam fardas militares, com coturnos e coletes à prova de bala.
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