Durante ação, tiros atingiram passageiros no metrô.

A operação da Polícia Civil na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio, já é ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. Até as 14h30, a operação registrava ao menos 25 mortos —entre eles, um policial baleado na cabeça. A identidade de 24 mortos não foi divulgada.
A investigação que deu origem à operação da Polícia Civil que deixou 25 mortos na comunidade do Jacarezinho (Zona Norte) nesta quinta-feira (6) começou há mais de um ano. Foi quando os policiais descobriram que três traficantes estavam recrutando adolescentes de 12 anos para a linha de frente do tráfico na comunidade.

A Operação Exceptis, deflagrada hoje pela DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), contou com o apoio de outras unidades, como a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). Também foram usados blindados e ao menos um helicóptero —no qual foi possível identificar atiradores portando fuzis.

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), do IDPN (Instituto de Defesa da População Negra) e o ouvidor da Defensoria Pública do Estado, Guilherme Pimentel, estão na comunidade para averiguar as denúncias. O Nudedh (Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos) da Defensoria Pública também acompanha o caso.

Durante ação, tiros atingiram passageiros no metrô
Além dos mortos, outros dois agentes da Polícia Civil foram atingidos durante o confronto e levados para o Hospital Municipal Salgado Filho. Uma pessoa foi baleada no pé, quando estava dentro de casa e também procurou atendimento no Salgado Filho. Dois passageiros ficaram feridos na estação de Triagem do Metrô, após um disparo atingir uma janela de um trem.
Os passageiros feridos no trem são o militar da Marinha Rafael M. Silva, de 33 anos, e Humberto Gomes V. Duarte, de 20. Rafael foi levado para o Salgado Filho e deixou a unidade à revelia, segundo a Secretaria municipal de Saúde. Ele seguiu para um hospital da Marinha. Já Humberto foi levado para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro. Seu estado de saúde é estável.
De acordo com o MetrôRio, “dois clientes ficaram feridos após o vidro de uma das composições ser atingido por projétil vindo da área externa, na altura da estação de Triagem. Uma pessoa foi ferida por estilhaços de vidro e outra atingida de raspão no braço”. A concessionária informa que os dois foram imediatamente atendidos. Em razão do episódio, a operação da Linha 2 chegou a ser interrompida, mas, segundo o MetrôRio, “já foi normalizada, e o serviço na estação e nos trens funciona normalmente”.


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