Outros dez mandados de prisão foram cumpridos contra milicianos que já estavam encarcerados.
A Operação Prospera, visa cumprir 25 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão. As investigações duraram pouco mais de um ano e meio e começaram através de dezenas de denúncias anônimas repassadas pela comunidade à 60.ª DP (Campos Elyseos).
Entre os indiciados, um policial militar que é acusado de desviar munições do batalhão onde trabalhava para fornecer aos milicianos. De acordo com o delegado Uriel Alcântara, da Delegacia de de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), inicialmente o PM irá responder pelo porte de arma.
O bando, segundo o MP, é responsável por uma guerra sangrenta nos bairro Saracuruna, Jardim Primavera, Vila Urussaí.
Três homens apontados como lideras dos bandos foram identificados. São eles: Márcio Henrique Idalgo Rodrigues dos Santos, vulgo MH, João Victor do nascimento Faria Soares e o terceiro criminoso conhecido por “Careca”.
Participam da operação, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a 60ª DP (Campos Elíseos), a 112ª DP(Carmo) e a 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
ASSASSINATOS E EXTORSÕES
Além da autoria de diversos assassinatos, segundo o MP, o grupo é responsável por extorquir moradores e comerciantes. Ainda segundo as investigações, para ampliar território a milicia passou a explorar os serviços de transportes alternativos, como vans e mototáxis. O bando ainda fazia cobrança nos serviços de internet, TV a cabo clandestina e segurança.
A guerra entre os grupos paramilitares explodiu em 2019, segundo a investigações, quando, na época, houve a prisão de 31 milicianos.
A polícia identificou que as ordens para os ataques vinham de dentro dos presídios e de milicianos que agiam na Zona Norte do Rio.