Batizada com um nome sugestivo, a onda de calor infernal levou vários países a registrar temperaturas na casa dos 40 graus e já matou duas pessoas.
A onda de calor batizada de “Lúcifer” continua a castigar a Europa neste final de semana. Partes do sul e do leste do continente são assoladas por temperaturas acima de 40 graus Celsius desde ontem, devido à onda de calor que provocou incêndios florestais, desencadeou alertas climáticos e prejudicou plantações.
Ao menos duas pessoas morreram devido ao calor -uma na Romênia e uma na Polônia- e muitas mais foram hospitalizadas com insolação e outros males relacionados ao calor.
Na Albânia, 300 bombeiros e soldados lutavam para conter até 75 incêndios florestais, e a nação pediu uma ajuda emergencial à União Europeia.
Os bombeiros também estão ocupados na Sérvia, Bósnia, Macedônia e Croácia, e as autoridades aconselharam as pessoas a permanecerem em casa e consumirem mais água.
A expectativa é que as temperaturas continuem em torno de 40º C até a próxima semana. Vinicultores italianos começaram a colheita semanas antes do que o costumeiro devido ao calor extremo.
Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food, escreveu no jornal La Stampaque até a safra de vinhos é ameaçada pelo calorão. “A saúde das uvas é severamente testada por este clima”, escreveu Petrini, acrescentando que os vinicultores correm o risco de encontrar a fruta “cozida pelo sol e pelo calor escaldante”.
As autoridades italianas emitiram alertas de risco climático para 26 cidades, incluindo os polos turísticos Veneza e Roma, onde muitas das fontes foram desligadas devido a uma seca persistente.
A mundialmente famosa Galeria degli Uffizi, de Florença, teve de fechar temporariamente ontem em razão de uma falha em seu sistema de ar-condicionado, disse seu diretor à agência de notícias Ansa.