A Marinha ainda não divulgou o resultado da análise do material.
A Defesa Civil de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, divulgou que o óleo encontrado na nas praias das Conchas e do Peró não é o mesmo que atingiu a costa do Nordeste, do Espírito Santo e de duas praias do Norte Fluminense.
“Chegou a informação para nós hoje que não é o mesmo óleo que poluiu as praias nordestinas, então talvez sejam fragmentos do vazamento de abril ou um outro fragmento qualquer que não é o caso do nordestino, que é o nosso grande temor né”, disse Márcio Soren, superintendente da Defesa Cvil de Cabo Frio.
Segundo a Prefeitura, o material foi entregue à Capitania dos Portos e encaminhado para análise do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), em Arraial do Cabo, órgão da Marinha.
A Marinha ainda não divulgou o resultado da análise do material.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Cabo Frio, os fragmentos podem ser resíduos de um vazamento de óleo que ocorreu em abril que se desprenderam das pedras devido à ressaca.
A Prefeitura informou que está tomando todas as providências necessárias e está de prontidão para que as praias não sofram danos causados pela contaminação por óleo bruto.
O monitoramento é feito diariamente por agentes da Secretaria de Meio Ambiente, Guarda Marítima e Ambiental e Comsercaf.
Óleo no litoral do RJ
O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), confirmou a presença do óleo que atingiu o Nordeste em duas praias do Rio: Grussaí, em São João da Barra, e Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana, ambas no Norte Fluminense.
Investigação federal
O governo federal não concluiu as investigações sobre a origem do óleo. As investigações já apontaram que a substância é a mesma em todos os locais afetados: petróleo cru. Uma investigação da Polícia Federal no Rio Grande do Norte chegou a apontar que o navio grego Bouboulina como o principal suspeito pelo vazamento. A Marinha disse que a embarcação é uma entre as 30 suspeitas.
A empresa Delta Tankers, responsável pelo navio, afirma ter provas de que o Bouboulina não tem relação com o incidente. A Delta foi notificada pela Marinha brasileira junto com responsáveis por outras quatro embarcações de bandeira grega.
Fonte: Portal G1