Compromissos firmados devem gerar mudanças não apenas climáticas, mas também econômicas.
A negociação do clima entre os países busca a redução das emissões poluentes, atingindo a meta de neutralidade até 2050. Os compromissos devem gerar mudanças não apenas climáticas, mas também econômicas com ganhadores perdedores nessa nova política.
A transição para uma agenda ambiental limpa deve fomentar e estimular fundos verdes e potencializar os negócios de empresas que são fundamentais para essa mudança.
De acordo com o Bank of America, um terço dos investimentos globais em ações estão sendo aplicados em fundos considerados verdes, que carregam o rótulo de sustentabilidade.
Os investimentos em startups de energia limpa aumentaram exponencialmente nos últimos meses, de 2,9 bilhões de dólares em janeiro para 36,8 bilhões em setembro.
O movimento e interesse por investimentos ambientalmente sustentáveis é crescente e começa a ganhar cada vez mais espaço na carteira dos investidores.
As empresas que devem se beneficiar desse movimento serão as de energia limpa e renovável, como a solar e eólica, assim como as fabricantes dos componentes para essa indústria.
Na última semana, em meio aos problemas internos com os reajustes no preço dos combustíveis e a poucos dias da COP26, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a Petrobras teria “valor zero” daqui 30 anos, em 2050.
O discurso de Guedes aconteceu em um momento em que ele defendia a privatização, mas de fato a transição energética oferece sérios riscos ao negócio da petroleira e também desafios para atrair investidores.
A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou no início do ano que os países comprometidos com a neutralidade até 2050 devem parar de investir em petróleo e gás.