João Pedro Gebran Neto: um dos desembargadores que têm a responsabilidade de decidir o futuro de Lula.
O desembargador do TRF4, evitou projetar prazos para julgar a apelação do ex-presidente contra sua condenação por Moro. Se o tribunal não apreciar o recurso até lá, o petista poderá ser candidato.
Se a sentença for mantida na segunda instância (o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, TRF4), o ex-presidente não poderá ser candidato no ano que vem.
“É possível julgar antes das eleições, mas não posso dizer que isso vai acontecer”
“Não posso dizer que vai acontecer”
Ao contrário do que disse o presidente do TRF4, Thompson Flores, que projetou o julgamento do processo de Lula até agosto de 2018, Gebran Neto não falou em prazos. E nem se o caso será apreciado antes das eleições presidenciais. “É possível julgar antes das eleições, mas não posso dizer que isso vai acontecer”, disse o desembargador. “Tem várias questões processuais que podem acelerar ou retardar [a ação]. Não temos compromisso de julgar antes da eleição. Mas, como qualquer outro processo, temos que julgar o mais rápido possível. O tribunal tem sido célere, mas tudo demanda um tempo. O que eu posso dizer é que o processo não vai correr e nem retardar nas minhas mãos.”
O julgamento do recurso em segunda instância é de extrema importância para as pretensões de Lula de disputar as eleições presidenciais em 2018. Se o petista também for condenado pelo TRF4, ficará automaticamente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Gebran Neto garantiu que questões eleitorais não vão interferir no julgamento:
“Eu estou pensando apenas no meu processo. A questão eleitoral é uma consequência. Eu lido com a questão de modo jurídico e não político. Então não estou preocupado com as consequências políticas, apenas jurídicas”. Afirmou.
Juiz linha-dura?
O magistrado é conhecido pela rigidez, aplicação de penas severas e pela concessão de poucos habeas corpus. A Turma também é formada pelos desembargadores Leandro Paulsen e Victor. No julgamento mais polêmico da Lava Jato em Porto Alegre, Gebran Neto foi voto vencido na absolvição do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O relator votou por manter a sentença de Moro, mas os demais desembargadores decidiram pela absolvição.
Magé|Online.com