Moradores de Guapimirim não podem contar nem mesmo com os quentões.
A ditadura militar ainda não tinha acabado e o Mané Garrincha estava vivo quando eles começaram a rodar. Apelidados de “vovôs dos trilhos”, por terem mais de 40 anos de uso, 12 trens antigos ainda circulam pelos ramais da SuperVia. Foi um desses que encostou ontem, às 6h10, na plataforma de Belford Roxo, trazendo desânimo aos passageiros. Produzidos numa época em que ar-condicionado era um luxo impensável para os vagões, os quentões são alvo de queixas dos usuários.
Remanescentes de um programa de melhorias que está em curso desde 2010, os trens antigos ainda vão incomodar passageiros por algum tempo. De acordo com a concessionária, os quentões serão aposentados até 2020. A climatização total da frota depende da entrega das últimas composições encomendadas pelo governo à empresa brasileira Alstom, segundo a Supervia, que ressalta: “Atualmente, 99% das viagens da SuperVia em dias úteis (e 100% nos fins de semana) já são realizadas em trens com ar-condicionado”.

Pior sem eles
Os moradores de Guapimirim não podem contar nem mesmo com os quentões. A operação ferroviária no trecho, que vai até Saracuruna, foi interrompida no último dia 16, por conta de uma “ocorrência mecânica com a locomotiva que operava no local”. Devido à complexidade da manutenção, o serviço foi terceirizado. Para não deixar os passageiros a pé, a empresa passou a disponibilizar viagens de ônibus no percurso.
De acordo com a SuperVia, a previsão é que a operação seja retomada na primeira semana de maio. “Os passageiros estão sendo informados sobre a situação por meio dos canais de comunicação da concessionária”, diz.

Fonte: Jornal o Dia
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