NENHUM COLETE EM CORPOS RESGATADOS DE NAUFRÁGIO NA BAÍA DE GUANABARA

As circunstâncias do acidente e as responsabilidades serão apuradas pela Marinha.

O domingo de sol parecia perfeito para as cinco famílias que embarcaram na traineira Caiçara rumo a um passeio pela Baía de Guanabara. A viagem nos arredores da Ilha de Jurubaíba, no entanto, terminou em tragédia. Dos 14 passageiros, seis foram salvos logo após a embarcação virar. Em seguida, os bombeiros iniciaram as buscas e localizaram nas primeiras horas seis corpos, todos sem colete salva-vidas. Outras duas pessoas continuavam desaparecidas ontem à noite. As circunstâncias do acidente e as responsabilidades serão apuradas pela Marinha e pela Polícia Civil, que instaurou inquérito por homicídio culposo.

Transtornado, o mergulhador aposentado João Penha de Assunção passou parte do dia de ontem no Instituto Médico-Legal (IML), para liberar o corpo do filho, Everson Costa de Assunção, de 45 anos. Segundo ele, sua nora, Ana Paula Souza, que foi resgatada com vida, contou que ninguém usava colete na hora do acidente:

A lei manda que qualquer piloto de barco tenha a responsabilidade de conduzir seus passageiros com colete, inclusive na Baía de Guanabara, que é considerada de águas abrigadas. Meu filho tentou não deixar nenhum companheiro para trás. Os que estavam no barco não tinham onde se agarrar, porque a única coisa que poderia salvá-los seria o colete  lamenta João.

Dono da traineira, Marcos Paulo da Silva Correia, de 45 anos, levou a mulher e o filho adolescente ao passeio. Ele foi salvo, mas Eduardo Correia, de 14 anos, não conseguiu. Isabel Cristina Borges, de 38 anos, continuava desaparecida ontem. Marcos é mestre de obras por profissão, mas um aficionado pela náutica. Amiga da família, a cabeleireira Pedrina da Conceição conta que ele passou três anos consertando a Caiçara.

Era um passeio de amigos. Ele pilotava e tinha experiência. Eu já viajei com ele neste barco antes da pandemia. Na época, fomos em dez pessoas. Meu coração está muito aflito contou.

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