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MPF denuncia Picciani, Melo e Albertassi por corrupção e outros crimes na Alerj

Os 3 parlamentares são suspeitos de receberem propina para atender os interesses de empresários em votações na Alerj.

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) contra os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB-RJ, e outras 16 pessoas por corrupção e outros crimes na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Picciani, Melo e Albertassi estão presos preventivamente na Operação Cadeia Velha. A ação penal protocolada na noite de quarta-feira (6) decorre da primeira investigação ligada à operação Lava Jato contra pessoas com foro na 2ª instância do Judiciário federal. A abertura de processos desse tipo requer acolhimento pela 1ª Seção do TRF2.

Na última terça-feira (5), o Conselho de Ética da Alerj adiou a decisão sobre o processo contra o trio de parlamentares presos do PMDB. A votação poderia determinar o encaminhamento – ou não – do processo para o plenário.
Os três parlamentares foram alvos da Operação Cadeia Velha suspeitos de receberem propina para atender os interesses de empresários em votações na Assembleia Legislativa.

Operação Cadeia Velha

A Operação Cadeia Velha apura o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A petição do MPF resulta de investigações feitas há mais de seis meses, que incluíram quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático, acordos de leniência e de colaboração premiada, além de provas obtidas a partir das Operações Calicute, Eficiência, Descontrole, Quinto do Ouro e Ponto Final.
De acordo com o Ministério Público Federal, são inafiançáveis os crimes dos deputados, que seguem em flagrante delito, sobretudo de associação criminosa e lavagem de ativos, e não é preciso a Alerj avaliar suas prisões.
Organização atuante desde anos 1990

As investigações do MPF apontaram que o presidente da Alerj, Jorge Picciani, seu antecessor, Paulo Melo, e o segundo vice-presidente, Edson Albertassi, formam uma organização integrada ainda pelo ex-governador Sérgio Cabral, que vem se estruturando de forma ininterrupta desde a década de 1990.

A organização, como apurou o MPF, vem adotando práticas financeiras clandestinas e sofisticadas para ocultar o produto da corrupção, que incluiu recursos federais e estaduais, além de repasses da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

A petição do MPF foi embasada em três frentes de apuração: os repasses da Fetranspor para deputados; os recursos da Federação para uma conta de Cabral e sua partilha com Picciani e Melo; e as doações da construtora Odebrecht a políticos, depois declaradas em acordos de colaboração já homologados.

Fonte: G1

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