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Ele registrou o caso espontaneamente na 26ª DP (Méier), no dia do crime.
A Polícia Militar anunciou na segunda-feira (30), que prendeu o mototaxista suspeito de participar da morte do comandante do 3º BPM (Méier), na Zona Norte. O problema é que no dia do crime esse mototaxista tinha ido de espontânea vontade à delegacia do bairro para denunciar a ameaça de um dos criminosos que o obrigou a transportá-lo. À noite, o mototaxista foi liberado depois de ser ouvido.
A moto apreendida pela Polícia Militar foi levada para a Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A Polícia Civil diz que é a mesma usada na fuga de um dos criminosos envolvidos no assassinato do comandante do batalhão do Méier, o tenente coronel Luiz Gustavo Teixeira, na quinta-feira (26).
Imagens divulgadas no dia do crime mostram um dos suspeitos subindo na garupa da moto e fugindo pela contramão. Na noite de segunda-feira, o homem que pilotava a moto foi ouvido na delegacia. Ele trabalha como mototaxista e foi detido no Complexo do Lins, na Zona Norte, durante a tarde.
Numa rede social, a Polícia Militar publicou que o serviço reservado do batalhão do Méier estava levando para a DH um suspeito de participação na morte do coronel. Mas os investigadores descobriram que o mototaxista já tinha prestado depoimento na 26ª DP (Méier) no mesmo dia do crime. E que o caso foi registrado como constrangimento ilegal.
O mototaxista disse que, na quinta-feira (26), por volta das 12h20, passava pela Rua Lins de Vasconcelos, em direção ao trabalho, quando viu um dos criminosos correndo com uma pistola na mão e dizendo “me tira daqui, me tira daqui”.
A vítima disse que o suspeito estava armado, subiu na garupa e encostou a pistola na cintura dele. O criminoso exigiu que fosse levado dali, senão, ele atiraria. Os dois fugiram na contramão. O criminoso foi deixado na entrada do Morro do Gambá, no Complexo do Lins.
O mototaxista procurou espontaneamente a delegacia e disse que ficou sabendo da morte do comandante depois de ter sido ameaçado. Na delegacia, testemunhas reconheceram o criminoso que conseguiu fugir na garupa da moto como sendo Cleiton Oliveira, conhecido como TK. A polícia investiga se ele é traficante do Complexo do Lins.
Matheus do Espírito Santo Severiano também é procurado por envolvimento na morte do comandante. O Disque Denúncia oferece R$ 5 mil por informações sobre o criminoso.
Na tarde de segunda-feira, moradores do Méier fizeram uma passeata, na rua onde o crime aconteceu. O grupo levou cartazes e balões brancos para pedir paz. O tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira foi morto por criminosos durante uma tentativa de arrastão na Rua Ermengarda. Ele foi o primeiro comandante de batalhão assassinado no Rio.
A mulher do mototaxista acusou os policiais militares de agressão. “Simplesmente abordaram meu marido pelo fato da moto e falando que ele matou polícia, bateram nele, jogaram ele dentro do carro e sumiram com ele durante uma hora. Como realmente ele estava nesse acontecimento, só que ele foi vítima, porque ele foi abordado pelo bandido, quando aconteceu isso, ele simplesmente fez esclarecimento na delegacia, Ele não deve nada, ele foi simplesmente vítima também daquela situação do dia da morte do coronel. Fiquei assustada e indignada porque para mim é um fracasso policial”, disse a mulher.
Fonte: G1
