Construtora nega irregularidades apontadas pelos manifestantes.
Moradores do bairro de Albuquerque, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, fizeram um protesto contra a construção de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida. O ato aconteceu na RJ-130, em frente ao antigo Teresópolis Country Club, com faixas e distribuição panfletos na rodovia.
Segundo os manifestantes, o local não tem estrutura para receber o empreendimento e eles temem os impactos negativos ao meio ambiente. Já a construtora responsável, diz que tem todas as autorizações e licenças ambientais.
O terreno tem uma área equivalente a cinco campos de futebol e fica na zona rural da cidade, onde há várias casas de veraneio. A região faz parte de um circuito turístico da serra. Os manifestantes reclamam que onde havia um lago, hoje passa uma estrada.

“Era um lago maravilhoso, lindo e a Prefeitura deu um laudo de impróprio e acabaram com o lago”, protestou Luciana Lourenço.
O ex-presidente do clube que funcionava no local, Paulo Sternick, acusa a construtora de irregularidades na obra e disse que vai encaminhar o caso ao Ministério Público Estadual.
“Estamos elaborando o texto para o MP com uma série de irregularidades, pedindo as providências”, afirmou, lembrando que está recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado.
Segundo a construtora, serão construídos dois condomínios do programa Minha Casa Minha Vida, da faixa 3 neste terreno. No total, serão feitas mais de 400 unidades habitacionais para famílias com renda de seis salários mínimos.
A previsão, segundo a construtora, é que o primeiro empreendimento com quase 200 apartamentos seja lançado ainda neste semestre e a obra comece no fim deste ano. Este será o terceiro empreendimento da construtora na Região Serrana, os outros dois ficam em Petrópolis.

Em Corrêas, as 240 unidades já foram totalmente entregues e, em Itaipava, são 672 em fase de construção.
A construtora esclarece que todos os alvarás e as licenças ambientais municipais e estaduais para construção do novo empreendimento foram emitidos e que o lago que havia no antigo clube era artificial e não consta na planta do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A construtora mostrou ainda outras certidões e disse que a obra está de acordo com as normas de habitação do Minha Casa Minha Vida, que as plantas foram aprovadas em setembro do ano passado e tem autorização do Inea para construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto no local.
“O meu empreendimento não aterrou nenhum lago. O lago era artificial e não estava na planta do Inea”, ressaltou Marilza Fontes Pereira, diretora da construtora.
Fonte: Portal G1
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