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Ministro da Saúde se preocupa com a eficácia CoronaVac no país. OMS responde!

A CoronaVac também está no centro de uma disputa política entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória.

Está em andamento no Ministério da Saúde a criação de um plano de ação para vetar o uso da CoronaVac no Brasil. O ministro Marcelo Queiroga acredita que o imunizante tem eficácia baixa e alega a interlocutores que existem muitos casos de pessoas que tomaram o imunizante e foram infectados mesmo após as duas doses.

De acordo com fontes no governo, Queiroga pretende encerrar contratos de compra da vacina produzida pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Durante a semana, o ministro colocou em dúvida a segurança das vacinas para agradar o presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que o presidente tem razão quando fala que “não se tem ainda todas as evidências científicas” dos imunizantes. No entanto, todos os imunizantes em aplicação no Brasil passaram por testes e foram aprovados.

Ex-secretário critica possibilidade de encerrar uso da Coronavac.

Epidemiologistas e especialistas em saúde criticaram a medida. O ex-secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Wanderson de Oliveira afirmou, em entrevista ao Correio, que a conduta do ministério é um desserviço para todo o Programa Nacional de Imunização (PNI).

O ex-secretário, que é epidemiologista e secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal, contesta a alegação do ministro e diz que um levantamento feito com dados do próprio Ministério da Saúde, acessados por meio do sistema OpenDataSus, mostra que a vacina CoronaVac é a que mais protege contra casos graves da covid-19. Segundo o levantamento, ela previne 97% das mortes de pessoas infectadas.

Ele reforça que o Ministério da Saúde tem direito de discutir uma estratégia para a imunização dos brasileiros, mas aponta que a intenção de descontinuar o uso da CoronaVac no Brasil neste momento é precipitada. “Do ponto de vista de comunicação é um desastre. [..] O contrato [com o Butantan] está em curso e ainda tem muita vacina para ser entregue. Além disso, a CoronaVac acabou de ser aprovada pela OMS”, pondera.

O Butantan já entregou 52,2 milhões de doses da CoronaVac ao governo federal. Ao todo, o contrato firmado com o Ministério da Saúde prevê a entrega de 100 milhões de unidades da vacina contra a covid-19.

Política na Pandemia

A CoronaVac também está no centro de uma disputa política entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória. O chefe do executivo paulista é o responsável por apoiar o desenvolvimento da vacina, as pesquisas e pela comunicação com a China para o fornecimento de insumos, o que desagrada os planos eleitorais do presidente.

Idosos

Segundo exposto pelo Correio Braziliense, Queiroga se preocupa com a eficácia da vacina em idosos, por isso, a intenção seria adquirir apenas as doses que já foram contratadas, e reforçar aquisições das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer. No entanto, para Wanderson, a atitude se mostra mais uma vez precipitada.

Não temos estudo para ver se quem tomou CoronaVac a menos de seis meses pode tomar uma dose da Pfizer, por exemplo”, explica.

O que diz a OMS

OMS valida vacina contra COVID-19 da Sinovac para uso emergencial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) validou nesta terça-feira (1) a vacina contra a COVID-19 Sinovac-CoronaVac para uso emergencial, dando aos países, financiadores, agências de compra e comunidades a garantia de que atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação. A vacina é produzida pela empresa farmacêutica Sinovac, com sede em Pequim.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da OMS (SAGE) também concluiu sua análise da vacina. Com base nas evidências disponíveis, a OMS recomenda o imunizante para uso em adultos de 18 anos ou mais, em um esquema de duas doses com um espaçamento de duas a quatro semanas entre elas. Os resultados da eficácia mostraram que a vacina preveniu doenças sintomáticas em 51% dos vacinados e preveniu COVID-19 grave e hospitalização em 100% da população estudada.

Poucos adultos com mais de 60 anos foram incluídos em ensaios clínicos, portanto a eficácia não pode ser estimada neste grupo etário. No entanto, a OMS não está recomendando um limite máximo de idade para a vacina porque os dados coletados durante o uso subsequente em vários países e os dados de imunogenicidade de suporte sugerem que a vacina provavelmente tem um efeito protetor em pessoas idosas. Não há razão para acreditar que o imunizante tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais jovens.

A OMS recomenda que os países que usam a vacina em grupos de idade avançada realizem monitoramento de segurança e efetividade da vacina para verificar o impacto esperado e contribuir para tornar a recomendação mais robusta para todos os países.


RedeTV+ com base em fontes da OMS e notícias do Correio Braziliense 

 

 

 

 

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