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MINISTRO DA DEFESA PROPÕE TESTE COM CÉDULA DE PAPEL EM VOTAÇÃO

Proposta foi classificada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira como um teste de “integridade” das urnas.

O Ministério da Defesa propôs um teste com cédula de papel nas eleições deste ano, durante audiência pública no Senado, nesta quinta-feira (14). A proposta foi classificada pelo ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira como um teste de “integridade” das urnas eletrônicas.

O chefe da equipe das Forças Armadas no grupo de Fiscalização do Processo Eleitoral, coronel Marcelo Nogueira de Souza, que apresentou ao Senado a sugestão, explicou aos parlamentares que algumas urnas seriam mantidas na seção eleitoral de forma paralela, sem serem utilizadas na votação oficial.

Eleitores seriam chamados apenas para, de forma voluntária, liberar a votação da urna “teste”. Eles liberariam as urnas através da biometria, criando um fluxo de registro, mas quem votaria – de forma não oficial – seriam servidores, que também votariam em cédula. Uma espécie de “votação paralela”. Depois, essas urnas seriam conferidas com o BU (Boletim de Urna).

“Modificaria pequenos procedimentos no que está estabelecido, mas traria um grau de segurança, um grau de certeza maior em relação à possível ameaça do código interno como ameaça de hardware”, argumentou o coronel Souza.

Após a fala do coronel Souza, o ministro da Defesa disse, no final da audiência, que essa sugestão seria apenas “um teste de confiabilidade das urnas eletrônicas” e não se trata de uma votação paralela com cédula de papel.

“Estou propondo teste de integridade e não votação paralela em cédula de papel”, disse Sérgio Nogueira. “Não tem viés político gente, não tem dúvida, não tem que colocar em cheque ou em dúvida, é tecnicamente de posse dos dados, apresentar um trabalho. E aí a decisão, a aceitação não cabe à gente, cabe ao TSE”, complementou.

A audiência desta quinta (14) foi proposta pelo senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE).

A CNN procurou o TSE, que ainda não se manifestou.

Teste já é realizado pelo TSE

Em nota de 2021, o TSE já afirmava que realiza um teste de integridade com cédulas que garante a segurança do processo eletrônico.

De acordo com o órgão, essa auditoria é feita através de urnas sorteadas, que recebem os votos das cédulas impressas preenchidas por representantes dos partidos políticos e das coligações em quantidade equivalente entre 75% e 82% do número de eleitores registrados na respectiva seção eleitoral. As cédulas de votação são depositadas em urnas de lona lacradas.

O processo, segundo o TSE, começa no mesmo horário da votação oficial, a partir da impressão da “zerésima” – documento que prova que não há nenhum voto registrado na urna. Todos os votos das cédulas preenchidas são digitados, um por um, no equipamento e em um sistema paralelo, em um computador, de acordo com o órgão. O teste é feito em ambiente monitorado, e as câmeras filmam os números digitados no teclado da urna, reforça o tribunal.

Ao final da votação, é impresso um Boletim de Urna (BU), e o sistema auxiliar também emite um boletim. Dessa forma, os dados são comparados e é verificado se a urna eletrônica funcionou normalmente, bem como se foram registrados exatamente os votos das cédulas digitados na urna.

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