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Medo de perder o emprego cresceu 36,8% em dezembro, diz CNI

Temor aumentou mais entre os moradores de pequenas cidades.

– A degradação da economia e dos indicadores de emprego nos últimos dois anos fizeram o trabalhador entrar em 2016 preocupado. Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em dezembro, mais trabalhadores estavam com medo de perder o emprego. O Índice de Medo do Desemprego cresceu 36,8% em dezembro do ano passado na comparação com o fim de 2014.

Na comparação com o fim do terceiro trimestre, encerrado em setembro, houve uma diminuição. O levantamento mostra que, em dezembro, o índice de medo do desemprego atingiu 102,3 pontos. Apesar de o valor estar muito acima da média histórica, de 88,4 pontos, em setembro o percentual era ainda maior, de 105,9 pontos.

O medo de perder o trabalho cresceu mais, sobretudo, entre os moradores de cidades com menos de 20 mil habitantes. Nesses casos, o índice subiu de 98,1 pontos em setembro, no fim do terceiro trimestre, para 106,8 pontos em dezembro. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, o índice caiu de 105,5 pontos para 101,3 no mesmo período.

Entre as regiões do país, a que mais está receosa em perder o emprego é a região Sul. Lá, o indicador saltou de 105,8 pontos no fim do terceiro trimestre para 113,5 em dezembro. Nas demais áreas do país, no entanto, o medo de sair do mercado de trabalho começou a se reverter e caiu não só na comparação com setembro, mas também em relação à perspectiva que se tinha no fim do segundo semestre, encerrado em junho. O mesmo ocorreu em todas as faixas de renda.

E o brasileiro está insatisfeito. O índice que mede a satisfação com a vida, também da CNI, apresentou redução de 8,1% em dezembro na comparação com 2014. Em relação ao terceiro trimestre, no entanto, houve alta de 1,3%.

— Há uma tendência natural de a população se mostrar mais satisfeita próximo às passagens do ano, o que explica o crescimento no trimestre, mas o efeito da crise está muito claro quando se compara o indicador com o mesmo período do ano passado — explica o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.


Fonte: O Globo