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Marcha das Vadias leva pauta feminista à orla de Copacabana

Militantes pediram saída de Eduardo Cunha do cenário político.

“Nada pode ser motivo de estupro”, gritaram num coro firme as cerca de 200 participantes da quinta edição da Marcha das Vadias no Rio de Janeiro, antes de dar início a uma caminhada que cruzou orla de Copacabana na tarde deste sábado. Essa era uma das várias reivindicações que ecoavam da manifestação, que foi marcada também por muitos gritos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ataques ao político autor do projeto de lei 5069, que dificulta o aborto legal em caso de estupro, estiveram presentes, ainda, em cartazes e frases estampadas nos corpos das manifestantes.

– Cunha é o exemplo do fascismo e dos homens que querem controlar o corpo das mulheres. Mas temos que lembrar que ele é um entre vários que disseminam a mesma ideologia no Congresso – disse a professora Cláudia Machado, uma das organizadoras do evento.
Outra integrante da organização, que não quis se identificar, reforçou o coro contra o político:
– Ele é inimigo das mulheres e das minorias. Tanto a oposição quanto a situação têm se mostrado covardes em agir contra ele. A gente precisa se mobilizar para que eles nos ouçam.
Completamente nua e com as mãos amarradas para trás, a professora de Artes Ludmilla Duarte, de 24 anos, fez uma performance. Em seu corpo havia a imagem de uma mão colada na altura do útero e outra em um dos seios.
– Quero mostrar que existem muitas mãos sobre meu corpo, menos a minha – explicou.


Fonte: Jornal Extra