MAIS DE 8 MIL FARMÁCIAS FORAM DESCREDENCIADAS DE PROGRAMA SOCIAL POR IRREGULARIDADES

Esquema comandado por organização criminosa desviou quase R$ 40 milhões de verba pública com uso de CPFs de inocentes e farmácias que só existiam no papel.

Mais de 8 mil farmácias foram excluídas do programa Farmácia Popular do governo federal por causa de irregularidades, de acordo com Rafael Bruxellas Parra, diretor do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde.

O Fantástico deste domingo (20) mostrou que uma investigação da Polícia Federal revelou como um grupo criminoso usou farmácias de fachada em várias regiões do Brasil para desviar milhões do programa Farmácia Popular e lavar dinheiro do tráfico, além de financiar a compra de cocaína na Bolívia e no Peru.

Quase R$ 40 milhões do programa foram desviados pela organização criminosa, aponta investigação da PF.

“Nós excluímos do programa 8.138 farmácias com indícios de irregularidade.” A fala de Rafael não especifica se as farmácias foram descredenciadas por conta da fraude relacionada ao tráfico de drogas.

“Em janeiro de 2023, o banco de dados do Farmácia Popular tinha 31 mil estabelecimentos. Nós fomos fazer um processo, primeiro de limpar essa base de dados e atualizar, que foi o que nós fizemos, e iniciar o novo recredenciamento”, contou.

As fraudes no programa envolviam o uso de CPFs e endereços de pessoas inocentes, além da compra e venda de CNPJs por laranjas. As pistas começaram a surgir com a apreensão de drogas em Luziânia (GO), mas logo se expandiram para outros estados como Goiás, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Entenda a fraude no Farmácia Popular
 
O programa Farmácia Popular fornece medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto à população. Para ter acesso, o paciente deve apresentar receita médica, CPF e documento com foto.

“Todos os dias nós combatemos em torno de 140 mil tentativas de autorizações irregulares no programa”, revelou Rafael Bruxellas Parra, diretor do Departamento nacional de Auditoria do SUS.

A PF apura se o dinheiro foi repassado a Fernando Piolho. A investigação mostra que Célia Aparecida Carvalho negociou farmácias com Adriano Rezende Rodrigues, o Adriano Tatu — uma das drogarias das quais Tatu é sócio, em Cerquilho (SP), recebeu quase R$ 1 milhão do Farmácia Popular.

Nessa teia de repasses, cadastros, desvios e tráfico de drogas, cerca de 160 mil CPFs foram usados pela quadrilha, com 148 farmácias reais ou de fachada.

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