Imóveis começaram a ser construídos em 2014 e população ainda aguarda entregas das unidades as famílias contempladas.
Suplente ao cargo de deputado federal, Zé Augusto Nalin, continua luta por entrega dos imóveis.
Mais de 2 mil casas do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, estão abandonadas, em Magé e mais 1.220 em Itaboraí. A obra começou em 2010 e, até agosto de 2018, ainda não foram entregues.
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O Ministério das Cidades argumenta ter acelerado as contratações no fim de 2017, mas admite que ficou aquém da meta de 2016, de 170 mil unidades. Com as 14.275 unidades previstas, o número de imóveis não deve passar de 10% do que foi previsto inicialmente.
Segundo a pasta, os cortes começaram ainda no governo Dilma, em 2015, quando contingenciamentos praticamente interromperam as contratações e atrasos prejudicaram o ritmo das obras já em execução.
‘Minha Casa, Minha Vida’ em Magé, sem água.
Fora do mandato, o suplente deputado federal Zé Augusto Nalin, fiscaliza as obras e regularmente mantém contato com autoridades federais e estaduais para liberar algumas moradias que estão prontas para serem ocupadas, dependendo de ligação de água de dutos da CEDAE, para abastecer as caixas de água das residências completamente terminadas.
Ainda em 2016, uma cerimônia no Palácio do Planalto, anunciava a terceira fase do programa habitacional, que terá a meta de entregar 2 milhões de moradias populares até 2018. A nova etapa, prometida em 2014, foi lançada em meio ao processo de impeachment no Congresso Nacional e um dia depois de o PMDB romper oficialmente com o Palácio do Planalto.
Diante do anúncio, Zé Augusto Nalin pediu a palavra aos pares, indagando porquê não terminar as inúmeras casas abandonadas e inacabadas em Magé, Itaboraí e outras tantas que estão para ser entregues e encontram-se totalmente abandonadas, com paredes caindo e rachaduras aparentes, deflagrando o estado de abandono. Segundo ainda o parlamentar, só no município de Magé, são 1980 casas sem ocupação, dois bloco apresentam rachaduras, em Piabetá 420 casas em estado de abandono, seguida de Itaboraí que conta hoje com 1200 residências do projeto na mesma situação. “Por que não terminam o que começou ao invés de lançar o projeto 3.” Questionou Zé Augusto Nalin, na ocasião.
Confira o vídeo com discurso do então deputado na época :
Um levantamento feito por meio da Lei de Acesso à Informação mostra que 36.756 unidades do programa Minha Casa Minha Vida estão paralisadas no Brasil. Hoje, o País enfrenta um déficit habitacional de 6 milhões de unidades. A maior demanda, 40%, está concentrada no Sudeste, seguida por Nordeste (31%), Sul (11%), Norte (10%) E Centro-Oeste (8%).
Ligado no acompanhamento dos fatos, Zé Augusto Nalin comenta:
“É uma tragédia. Por quê? Primeiro porque reforça a ideia de que a política de habitação é uma política assistencial, é uma política de caridade – não é isso. Não se economiza nesse tipo de política pública, habitação, saúde e educação. Por quê? Porque quando você faz esse tipo de política, você não está fazendo caridade. O beneficiado não é aquele beneficiado direto. Esse tipo de política – ela se chama política pública porque beneficia a todos. São políticas que constroem a qualidade de vida coletiva. Por isso elas são fundamentais. Paralisar o Minha Casa Minha Vida é uma pequena tragédia”.
A cidade de Magé, apesar dos problemas enfrentados ao longo dos anos, vem avançando em políticas públicas, ainda que timidamente. Apesar de muitas críticas enumeradas pela população, é latente tais avanços, em muitos segmentos a cidade reage a forte crise que se instaurou no país, principalmente em nosso estado do Rio de Janeiro.
Todos falam em ano eleitoral e criticam políticos que se predispõe a lutar por causas legítimas municipais, e nos parece justo defender candidatos locais, independente de nomes ou agremiações partidárias. Temos um partido a defender, Magé é nossa bandeira, motivo de empreendermos nossa capacidade de lutarmos por uma cidade melhor.
Antonio Alexandre, Magé/Online.com