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Jorge Messias da AGU é favorito na disputa tem Pacheco, Bruno Dantas, Vinícius Carvalho e Maria Elizabeth Rocha.
O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para mais uma mudança em sua composição com a saída do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, que deve oficializar sua aposentadoria nos próximos dias. O movimento abrirá espaço para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer sua terceira indicação neste mandato — e a décima ao todo, considerando os governos anteriores do petista.
Barroso deve deixar o tribunal após concluir julgamentos que considera estratégicos e, em seguida, embarcar para a Europa, onde participará de um retiro espiritual do grupo indiano Brahma Kumaris e dará aulas como professor visitante na Universidade de Sorbonne, na França.
Favorito de Lula
Entre os nomes colocados nos bastidores de Brasília, desponta como favorito o advogado-geral da União, Jorge Messias, conhecido como “Bessias”. Ele é considerado homem de confiança de Lula e tem perfil jurídico alinhado ao governo, além de gozar de boa articulação com ministros do STF e congresso.
Outros cotados
Além de Messias, o Palácio do Planalto monitora outros quatro nomes com potencial de indicação:
| Nome | Cargo Atual | Perfil |
|---|---|---|
| Bruno Dantas | Presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) | Forte articulação no Congresso; perfil técnico |
| Vinícius Carvalho | Controlador-Geral da União (CGU) | Próximo ao núcleo jurídico de Lula; postura discreta |
| Maria Elizabeth Rocha | Presidente do STM (Superior Tribunal Militar) | Única mulher na lista; pressão por indicação feminina |
| Rodrigo Pacheco | Senador (PSD-MG), ex-presidente do Senado | Rejeição no Congresso pode tirar nome da disputa |
Resistência a Pacheco
Apesar de figurar na relação inicial de “supremáveis”, o nome do senador Rodrigo Pacheco perdeu força nos bastidores. Fontes no Congresso afirmam que ele é hoje “carta fora do baralho”, com grande rejeição entre aliados de Lula e parlamentares. Mesmo sendo próximo do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sua indicação enfrenta resistência política.
Pressão por mulher no STF
Organizações do meio jurídico e movimentos sociais pressionam Lula pela indicação de uma mulher, já que o Supremo conta hoje apenas com uma ministra: Cármen Lúcia. Nesse cenário, Maria Elizabeth Rocha, do STM, ganha tração, com apoio de setores do Centrão e parlamentares mulheres.
A definição do presidente deve ocorrer após a saída oficial de Barroso e será enviada para sabatina no Senado Federal. Aliados afirmam que Lula só baterá o martelo após consultas reservadas com ministros do STF e lideranças políticas.
