Uma mulher e uma criança de nove anos morreram baleados e 18 pessoas ficaram feridas.
Atendendo a pedido do Ministério Público, a Justiça revogou a prisão de Flávio Serafim da Silva Junior, de 40 anos, conhecido como Bu. Ele estava preso desde o mês passado acusado de ter iniciado um tiroteio que terminou com a morte de uma mulher e uma criança e 18 feridos durante um bloco das Piranhas na segunda-feira de carnaval na Praia de Mauá em Magé, na Baixada Fluminense.
Gabriela Carvalho de Alvarenga, de 35 anos, e a menina Maria Eduarda Carvalho Martins, de apenas 9, não resistiram aos ferimentos sofridos durante o tiroteio. Entre os feridos, estavam ainda duas gestantes, dois meninos de 6 e de 11 anos e um adolescente de 15 anos.
De acordo com a decisão, Flávio Serafim fica obrigado a comparecer a cada dois meses ao Juízo, e está proibido de sair da comarca de Magé por mais de sete dias sem comunicar à Justiça, além de ficar obrigado a ficar em casa no período noturno e nos dias de folga. Ele também não poderá manter contato com vítimas e testemunhas da investigação.
O tiroteio começou, segundo testemunhas, após uma discussão causada por divergências sobre o uso de um banheiro químico. Em meio à briga, Flávio Serafim teria sacado uma arma. Neste momento, o policial civil Rodolfo Paulo de Brito Santos, de 51 anos, também sacou sua pistola. No tiroteio, tanto o suspeito quanto o policial ficaram feridos.
Baleado na barriga, nas costas e na perna esquerda, Serafim passou por cirurgia no Hospital Adão Pereira Nunes. O policial civil também foi alvejado na barriga e, assim como o algoz, precisou passar por cirurgia na madrugada desta segunda-feira. Ele é lotado na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
Flávio tem passagens na polícia pelos crimes de receptação e lesão corporal no âmbito de violência doméstica e era considerado evadido do sistema prisional. De acordo com os relatos de testemunhas, ele passou a integrar um grupo paramilitar que atua em Magé.