Frente Parlamentar em Defesa das Atividades Nucleares do Brasil vê medida com indignação.
Uma explosão de contrariedades e alegações infundadas, detonou uma das mais importantes obras do Brasil. A prefeitura de Angra dos Reis, sob o comando do prefeito Fernando Antônio Ceciliano Jordão filiado ao Partido Liberal (PL), embargou as obras de Angra 3, alegando uma mudança de projeto urbanístico e o atraso no repasse financeiro pela cessão do terreno.
Jordão diz que a Eletronuclear (operadora da central nuclear de Angra) assinou um termo de compromisso no valor de R$ 264 milhões, que até agora, segundo ele, não estaria sendo cumprido.
Alegações em detrimento do desenvolvimento
Não foi, até onde se sabe, porque nenhum projeto foi apresentado para a aprovação. A liberação desta verba está condicionada mediante a apresentação desses projetos. A empresa conseguiu uma liminar para dar continuidade na obra, todavia em (13) de setembro, ela foi cassada e volta tudo como antes. Sem obras, sem recebimentos, o que resulta em mais e novas demissões na empresa empreiteira.
O Deputado Júlio Lopes, Presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), da Câmara dos deputados, fez observações pontuais sobre o embargo: ‘Esta suspensão da liminar é ruim pra todos os municípios.‘ A melhor maneira de resolver todas as pendências com as cidades de Angra, Mangaratiba, Paraty e Rio Claro, é o andamento normal da obra, a retomada de todo processo. Essas paralisações dificultam e atrapalham ainda mas a retomada dessa que é a maior obra do Brasil.’
Na Contramão do Desenvolvimento do País
A Usina Nuclear Angra 3 é um empreendimento estratégico para o país e que já foram investidos mais de R$ 8,5 bilhões na obra. Além disso, a usina é importante não apenas porque gerará energia elétrica limpa e segura para atender às necessidades do país, mas também para o desenvolvimento socioeconômico da região de Angra dos Reis e seu entorno. A obra empregará diretamente milhares de trabalhadores, além de gerar diversos empregos indiretos em outras atividades da região.
Frente Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN)
Frente Parlamentar em Defesa das Atividades Nucleares do Brasil, liderada pelo deputado Júlio Lopes (PP-RJ). Deputados Júlio Lopes, Áureo Ribeiro, do Rio de Janeiro, e Luiz Fernando, coordenador da bancada de Minas e o presidente da companhia, Carlos Henrique Silva Seixas. (foto acima).
Júlio Lopes, destacou a relevância dos profissionais da Nuclep: “O Brasil é um dos poucos países que tem uma indústria nuclear tão desenvolvida e profissionais tão capacitados e especializados num setor tão estratégico. No Congresso, defendo fervorosamente o reconhecimento dessa indústria e profissionais, que por sua capacidade pessoal, trajetória e biografia se destacam no projeto nuclear nacional , dentro de uma perspectiva de evolução diferenciada”, Comentou o deputado. Para o coordenador da bancada do RJ no Congresso, Deputado Áureo Ribeiro, é importante destacar a dedicação do presidente Seixas no comando da empresa: “Seixas fez uma admirável restruturação da NUCLEP. A empresa está com as contas em dia, muitas obras em andamento e tem a confiança do mercado. Como parlamentar do Estado tenho imenso orgulho em termos no Rio uma estatal desse porte com potencial imenso para novas oportunidades“, Concluiu o deputado Áureo.
João Pedro Leal, Executivo de Novos Negócios Socioambientais e Coordenador Energia Nuclear SEENEMAR/RJ, comentou o atual quadro do ‘Plano de Aceleração do Caminho Crítico’:
É unânime que a maior obra pública do país que gerará mais de 7 mil empregos (somente diretos) bem como proporcionará o incremento de receitas do Estado (ICMS) em mais de R$ 4 Bi, ao, longo desta empreitada, com data de término em 2029, gerando energia limpa e firme ao SIN, seja uma absoluta prioridade.
A conclusão das obras de Angra 3 é mandatória, não apenas pelos importantíssimos 7 mil empregos que serão criados, pelos R$ 4 Bi de ICMS incidentes até 2029 (data da partida da planta) mas também para seja proporcionado ao SIN (Sistema Interligado Nacional) equilíbrio, sustentação e segurança levando em consideração o crescimento de outras matrizes, também limpas porém intermitentes, como a solar e a eólicas.
Desmistificação Nuclear
O presidente da ABDAN, Celso Cunha, também ressalta a importância de desmistificar a fonte nuclear. Ele defendeu que a indústria precisa dialogar de maneira mais efetiva com a sociedade como um todo, demonstrando as vantagens do uso da fonte na geração de energia limpa, na irradiação de alimentos e na medicina nuclear. É Importante mencionar ainda que o Brasil é a nona maior reserva de urânio e em breve poderá ser até a segunda. Com isso, é fundamental que o Brasil se posicione para exportar não apenas minério, mas o combustível com valor agregado. Temos que parar com essa história de apenas exportar commodities. Chegou a hora do Brasil exportar tecnologia também.