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Alvos da Operação ‘Terra Prometida,’ fraudes em licitações, peculato, corrupção ativa, coação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, acusados são considerados foragidos.
Por decisão judicial da Sexta Turma do Superior Tribunal Justiça, o relator do processo ministro Rogério Schietti Machado Cruz, confirmou na tarde desta segunda-feira os efeitos do recurso que suspendia os pedidos de prisão preventiva expedidos contra a ex-deputada Jane Cozzolino, do ex-prefeito de Magé Rozan Gomes, do empresário Fábio Figueiredo Morais e do ex-secretário de Obras Jefferson de Oliveira, arrolados no processo como autores dos crimes de fraudes em licitações, peculato, corrupção ativa, coação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Com a decisão, os acusados são considerados foragidos da Justiça.
No processo em andamento, baseado em denúncias do Ministério Público, a empresa FFM Terra Locadora de Veículos e Máquinas, contratada pelo valor de R$ 22,4 milhões, denotou fraude no procedimento licitatório realizado pela Prefeitura em 2009 para locação de máquinas e caminhões. Todos os acusados dos crimes, foram alvos da ‘Operação Terra Prometida,’ feita em janeiro pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que resultou em processo por fraude em licitação. Ainda de acordo com a denúncia do MP, a concorrente da FM Terra na licitação foi a empresa Ambiental do Futuro Soluções e Serviços de Limpeza e Locações, registrada em nome de empregados dos postos de gasolina da família Cozzolino, sendo indiciados a ex-deputada e o irmão, Renato Alem Cozzolino.
A notícia caiu como bomba nos bastidores da política local, agravando ainda mais a situação do candidato do PR as eleições majoritárias da cidade. O próprio presidente do partido (PR), Antonhy Garotinho, declarando que nenhuma convenção municipal será validada sem a que orientação do comando estadual seja observada. Uma união com o PMDB só poderá ser feita com autorização do diretório regional, que não havia afiançado a coligação firmada entre a família Cozzolino e o ex-pré-candidato a prefeito pelo PMDB, Ricardo Correa de Barros.
“Infelizmente fui obrigado a tomar essa resolução. Não admitimos que nenhum diretório municipal, por conta de interesses locais, fuja da diretriz central do partido, decidida em assembleia, que o PMDB é o nosso adversário a ser enfrentado e derrotado no estado”, disse o presidente estadual do PR, Anthony Garotinho, afirmando ainda quem em caso de desobediência poderá haver a dissolução do diretório municipal que assim proceder.
A união com o PMDB foi anunciada no último dia 15 , desagradando o diretório Estadual do PR. Peemedebistas não aceitaram apoiar o membro da família que governou Magé por mais de 20 anos e deixou a vida pública pela porta dos fundos, devido aos escândalos gerados por operações policiais, denuncias de irregularidades e de prática de corrupção, que resultaram nos vários processos judiciais em andamento.
Há poucos meses do pleito municipal que elegerá prefeito e vereadores na cidade, as possibilidades de sucesso de representar a população mageense, parece escapar pelos dedos dos que já anunciavam nas redes sociais vitória certa. Como dizia Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.” Vitórias devem ser conquistadas com trabalho, a cada degrau, alicerçadas na verdade e adquiridas a cada dia. Demonstração de foça através de números frios de pesquisas encomendadas não revelam a vontade popular, que o diga o próprio Garotinho, líder nas pesquisas de intenção de votos nas últimas eleições para governador do estado, não disputou sequer o segundo turno.
Nos bastidores da política, Magé|Online.com
